terça-feira, 2 de dezembro de 2008

O VOO - BPF


Blogue escrito por alunos de Portugal, França e Brasil, com idades entre os 10 e 14 anos, ganhou o terceiro prémio mundial da Microsoft "Educadores Inovadores".
À boleia do blogue "Voo - BPF", - um voo entre Brasil e França, com escala em Portugal -, alunos de escolas dos três países descobrem e estudam as aventuras de Alberto Santos-Dumont, por muitos considerado o pai da aviação. O livro "Seis Tombos e um Pulinho", de Cláudio Fragata, que conta o percurso do piloto brasileiro, serviu de mote para o blogue colaborativo, desenvolvido por alunos entre os 10 e os 14 anos.
O "Voo - BPF" serve de depósito on-line para os inúmeros trabalhos feitos pelos estudantes de duas turmas da EB 2,3 Dr. Carlos Pinto Ferreira, da Junqueira, Vila do Conde, da secção portuguesa do Liceu Internacional Saint Germain-en-Laye, em França, e das escolas de Nova Bassano e da Barra do Paraí, no Brasil. Um projecto já distinguido com o Prémio "Educadores Inovadores", da Microsoft Brasil e vencedor da final regional da América Latina. Na Grande Final Mundial da Microsoft, realizada em Hong Kong, conquistou o terceiro lugar.
"Tem sido uma bola de neve que espero que nunca mais acabe", explica Emília Miranda, professora de Língua Portuguesa na escola de Vila do Conde, e uma das dinamizadoras do blogue. "As ideias são como as palavras, surgem umas a seguir às outras", vai repetindo, ainda incrédula com a dimensão que a iniciativa atingiu.
Adepta confessa das tecnologias de informação e comunicação, Emília Miranda percebeu as potencialidades da utilização de blogues em ambiente de aula, desde que ouviu falar do fenómeno, em 2004. Pensou que seria o ideal para "publicar os trabalhos dos meninos". Assim fez e foi assim que "o Brasil os encontrou". Aos seus meninos, alunos da escola da Junqueira, e aos seus trabalhos.
O entusiasmo com que os "webkids" abraçaram o projecto foi determinante para o sucesso. "Perceberam que a sua responsabilidade aumenta excepcionalmente a partir do momento em que publicam o que fazem", conta a professora, que ensina Português há 32 anos.
A fórmula é para manter, até porque na escola de hoje aos professores não resta outra alternativa que não seja o recurso às tecnologias. "Com aulas de 90 minutos, é impensável ter os alunos sentados a ouvir o que o professor diz", considera. Para seguir a aventura dos seguidores de Santos-Dumont, consulte:
http://voobpf.blogspot.com.


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