segunda-feira, 29 de março de 2010

PRIMAVERA DA EUROPA


A Cidadania e os Direitos Fundamentais é o tema da Primavera na Europa 2010, iniciativa da Comissão Europeia que convida, até ao dia 30 de Junho, as escolas dos ensinos Básico e Secundário a organizar e a participar em eventos, concursos e jogos que se inscrevam no Ano Europeu do Combate à Pobreza e à Exclusão Social.

Os eventos visam promover nas escolas discussões, debates ou reuniões com figuras locais, nacionais e europeias, detentoras de um profundo conhecimento dos assuntos europeus.

As escolas inscritas que pretendam organizar um evento inserido na iniciativa Primavera da Europa recebem um kit com material de apoio.

Adicionalmente, as escolas podem participar em concursos e em jogos, incluindo discussões em linha sobre as instituições da União Europeia e sobre os valores europeus.
No final da iniciativa, as escolas participantes recebem um certificado assinado por decisores de topo da União Europeia.

Primavera da Europa tem por objecto desenvolver o conhecimento da União Europeia e das suas políticas, através do diálogo entre professores, alunos e decisores políticos da União Europeia, a propósito das suas visões sobre a Europa e sobre o seu futuro.

Para mais informações, consultar o sítio da
Primavera da Europa 2010.

domingo, 28 de março de 2010

PROGRESSOS NA MATEMÁTICA


A ministra da Educação, Isabel Alçada, salientou hoje o "progresso" verificado em Portugal no que respeita à Matemática, garantindo tratar-se de uma área a que "cada vez mais gente tem amor" e "indispensável ao desenvolvimento" do país.

"Tem havido um progresso" em Portugal no ensino da Matemática e nos resultados alcançados pelos alunos, mas "é preciso ir mais longe e aprofundar essa estrada de sucesso", defendeu a ministra. (...)

"O desenvolvimento científico e tecnológico carece de bons matemáticos e também de pessoas que, de uma maneira geral, tenham conhecimento matemático e se sintam à vontade nesta área", sublinhou aos jornalistas, após a cerimónia.
Segundo a governante, "é muito importante incentivar as pessoas que estudam, que trabalham, que têm domínio de si próprias e conseguem muito bons resultados".(...)

"O 'deixa andar' é, precisamente, aquilo que nós não queremos que aconteça no ensino. É preciso que os estudantes e os pais compreendam que é preciso estudo, esforço, persistência e exigência", afirmou ainda, em jeito de recado para a necessidade de existir um esforço conjunto nesta área.

(In Ionline.pt)

DIA INTERNACIONAL DE SUBIR ÀS ÁRVORES






Não estranhe se este domingo vir por aí alguém empoleirado no topo de uma árvore. Não se trata de nenhum maluco é apenas uma forma original de celebrar o dia internacional de subir às árvores.

Festejado há sete anos, em todo o mundo. Em Portugal a iniciativa também não passou ao lado.

sábado, 27 de março de 2010

HOJE MUDA A HORA





Na próxima madrugada, à uma, adiante o seu relógio para as duas. Portugal passa a estar no horário de Verão.

quarta-feira, 24 de março de 2010

A OPÇÃO NEGLIGENTE


Nas última décadas, o investimento material e humano tem aumentado nos sistemas educativos ocidentais: os edifícios escolares melhoraram, os equipamentos sofisticaram-se, a formação de professores generalizou-se, a investigação educacional proporcionou dados sobre os mais diversos aspectos, a acção social esteve e está presente, novos especialistas surgiram…

Porém, inúmeros estudos que incidem nesses sistemas, realizados nas últimas décadas, denunciam problemas graves em muitos deles, no que respeita a aprendizagens académicas (conhecimentos e competências cognitivas) e a comportamentos dos alunos.

Alguma coisa está, portanto, errada. Mas o quê?

Vários teóricos que têm reflectido sobre o assunto afirmam que o erro está na renúncia a educar.
Educar é um dever inalienável que as gerações mais velhas têm para com as mais novas, dado que as crianças e os jovens não se educam a si próprios, precisam de ser educadas.
Parecendo uma verdade óbvia tem sido negligenciada pelos pais e família, por decisores de políticas de ensino, por directores de escola, professores, auxiliares de acção educativa, por outros elementos da sociedade. (...)

Helena Damião
Consultora do CFIAP
(In blog De Rerum Natura)

segunda-feira, 22 de março de 2010

COMBATE AO BULLYING NOS OUTROS PAÍSES



O combate ao bullying continua a ser, na maior parte dos países, uma missão mais atribuída às escolas do que aos tribunais. A Finlândia é dos poucos que já especificou, na lei, este tipo de violência escolar, que se distingue pelo seu carácter persistente e intencional. Os agressores podem ser punidos com penas que vão desde o pagamento de multas à restrição de movimentos; e as escolas onde os actos ocorrem podem ser processadas por negligência.

Apesar de não ter uma legislação específica, o Reino Unido tem aplicado a estes casos as disposições legais existentes contra o assédio e a perseguição. As crianças podem ser responsabilizadas criminalmente a partir dos 10 anos. Todas as escolas estão obrigadas a ter um plano anti-bullying, que integre normas disciplinares claras. Também a maioria dos estados dos EUA já aprovou leis em que se proíbe este tipo de violência e que obrigam a escolas a adoptar planos de intervenção e medidas disciplinares.

Tanto os EUA, como o Canadá incorporaram no currículo dos alunos um plano de prevenção contra o bullying. Na Noruega tem sido aplicado, à escala nacional, o programa elaborado por Dan Olweus, o investigador que na década de 1990 criou este conceito para definir um determinado tipo de actos de violência que ocorrem entre pares, na escola. Este programa prevê, entre outras medidas, que devem ser tomadas em conjunto, a adopção de regras claras, a constituição de comités antibullying nas escolas, a formação de professores e outro pessoal para intervirem imediatamente, caso presenciem actos de agressão, a realização de encontros com alunos e pais, quando ocorrem problemas, e a aplicação de medidas de apoio às vítimas. (...)

domingo, 21 de março de 2010

BIG BROTHER NA ESCOLA


Controlar os horários dos filhos, o que consomem no bar da escola, se vão à cantina ou faltam às aulas e restringir-lhes as saídas da escola e a compra de guloseimas está acessível aos pais dos alunos da Cooperativa de Ensino Ancorensis a partir de um computador.

O professor Manuel Chavarria é ajudado pelo colega Indaleto Rego, o mentor das inéditas aplicações que a Ancorensis, uma escola com cerca de mil alunos situada em Vila Praia de Âncora, no concelho de Caminha, acrescentou ao "Kiosk", um ponto de consulta do Sistema Integrado de Gestão de Escolas (SIGE), há muito difundido pelas escolas de todo o país. A partir dele, alunos, encarregados de educação, funcionários e docentes, podem aceder a toda a informação relacionada com a escola usando qualquer terminal com ligação à Internet.

No caso da Ancorensis, o sistema foi desenvolvido para além da sua oferta base. "Este sistema já o temos há dez anos mas estas novas aplicações só foram criadas este ano. Já todos os pais têm uma senha de entrada e uma password e podem, via web, fazer a marcação e anulação de refeições, verificar se os miúdos comeram na cantina, as horas de entrada e de saída deles da escola, o que consomem a nível de bar e restringir o consumo de certos produtos, como por exemplo, o de chocolate", explica Manuel Chavarria, acrescentando que, através do computador, qualquer pai pode também através do 'Kiosk' "dar autorização para que o filho tenha acesso a mais saldo no cartão para utilização no bar, cantina e papelaria". A escola dispõe de um sistema de alerta por SMS ou email para os pais serem informados que o filho faltou às aulas. (...)

sábado, 20 de março de 2010

GOOGLE BUZZ


O Twitter e o Google Buzz são duas ferramentas digitais que podem ser usadas para ensinar português. No Twitter, o professor pode criar uma lista com os alunos da turma e, dessa forma, possibilitar a emergência de uma comunidade digital de aprendizagem. (...)

quinta-feira, 18 de março de 2010

MEDIDAS DISCIPLINARES A APLICAR A ALUNOS AGRESSORES



O Governo aprovou hoje uma proposta de lei para agilizar a aplicação de medidas disciplinares sancionatórias e a suspensão preventiva a alunos que pratiquem agressões em estabelecimentos dos ensinos Básico e Secundário.
Os contornos gerais destas medidas foram já apresentadas na semana passada pela ministra da Educação, Isabel Alçada, e o diploma segue agora para agendamento, discussão e votação na Assembleia da República.

Em conferência de imprensa, o ministro da Presidência referiu que o objectivo da proposta “é agilizar as medidas disciplinares sancionatórias e a suspensão preventiva dos alunos que pratiquem agressões”.

“Queremos assegurar às escolas um instrumento de intervenção rápida na pendência de um processo disciplinar ou mesmo nos momentos imediatos em que a direcção de escola toma conhecimento da existência de uma situação de agressão”, apontou.

De acordo com o ministro da Presidência, as direcções de escola “poderão promover imediatamente a suspensão preventiva, sem prejuízo das medidas de acompanhamento social e psicológico que o caso possa requerer”.

“Uma vez verificada uma situação de agressão, imediatamente o próprio director de escola poderá determinar uma suspensão preventiva, que resulta em benefício das vítimas de agressão e do clima que se viva na escola”, acrescentou.

quarta-feira, 17 de março de 2010

DESPACHO DO SEE SOBRE APRECIAÇÃO INTERCALAR


O despacho do Secretário da Estado Adjunto e da Educação sobre apreciação intercalar do desempenho docente:

O Decreto-Lei n.º 270/2009, de 30 de Setembro, estabeleceu, na alínea b) do nº 6 do artigo 7º, uma regra transitória em matéria de progressão na carreira para os docentes que, no ano civil de 2010, perfaçam o tempo de serviço necessário para progredirem ao escalão seguinte e tenham obtido na avaliação do desempenho do ciclo de avaliação de 2007-2009 a menção qualitativa mínima de Bom.
De acordo com aquela norma, a progressão dos docentes por ela abrangidos depende, ainda, da obtenção de uma menção qualitativa igual ou superior a Bom numa apreciação intercalar do desempenho, realizada a requerimento dos interessados.

Neste contexto, importa proceder à fixação dos procedimentos a adoptar no âmbito da apreciação intercalar prevista na alínea b) do nº 6 do artigo 7º do Decreto-Lei n.º 270/2009, de 30 de Setembro.
Assim, determino o seguinte:

1 – Para o efeito da progressão ao escalão seguinte da carreira, no ano civil de 2010, os docentes que neste ano perfaçam o requisito de tempo de serviço para progressão, aplicam-se cumulativamente as seguintes regras:
a) Ter obtido na avaliação do desempenho referente ao ciclo de avaliação de 2007-2009 a menção qualitativa mínima de Bom;
b) Ter obtido na apreciação intercalar do seu desempenho menção qualitativa igual ou superior a Bom.

2 – A apreciação intercalar do desempenho é requerida pelo interessado, o qual com o requerimento entrega documento de auto-avaliação, não sujeito a regra formal de elaboração, mas do qual deve constar, pelo menos, o seguinte:
a) Breve descrição da actividade profissional no período em apreciação, incluindo uma reflexão pessoal sobre as actividades lectivas e não lectivas desenvolvidas pelo docente;
b) Identificação da formação eventualmente realizada.

3 – O período abrangido pela apreciação intercalar e sobre o qual o docente elabora o documento referido no número anterior decorre desde o início do ano lectivo de 2009-2010 até ao último dia do mês anterior àquele em que o docente complete o requisito de tempo de serviço necessário à progressão.
4 - A Comissão de Coordenação da Avaliação do Desempenho aprecia o documento entregue pelo docente, ponderando o respectivo conteúdo no sentido de uma apreciação objectiva e rigorosa do seu desempenho nesse período, atribuindo-lhe uma menção qualitativa dentro do elenco – Insuficiente, Bom, Muito Bom.

5 – Atribuída a menção qualitativa pela Comissão de Coordenação da Avaliação do Desempenho, o director do agrupamento de escolas ou escola não agrupada procede à respectiva homologação.

6 - Para os efeitos do presente despacho não é aplicável o disposto no Despacho n.º 20131/2008, de 30 de Julho, com as alterações que lhe foram introduzidas pelo Despacho n.º 31996/2008, de 16 de Dezembro.

7 – A apreciação intercalar do desempenho prevista no presente despacho não substitui a avaliação do desempenho do ciclo de avaliação de 2009-2011.

CONCURSO LITERÁRIO D. DUARTE LEMOS


Instituto Duarte de Lemos
2ª Edição do Concurso Literário
Prémio D. Duarte de Lemos

Entrega de Trabalhos: Até ao dia 16 de Abril de 2010
Entrega de Prémios: Dia 21 de Maio de 2010

O Instituto Duarte de Lemos instituiu o Concurso Literário – Prémio D. Duarte de
Lemos, prestando desta forma homenagem ao senhor da terra da Trofa, promovendo
igualmente o aparecimento de jovens escritores. A concurso serão admitidos textos inéditos em prosa (ficção) e os participantes devem frequentar o 3º Ciclo do Ensino Básico.

terça-feira, 16 de março de 2010

STRESS VAI SER DOENÇA PROFISSIONAL DOS DOCENTES


AUTO-AVALIAÇÃO DAS ESCOLAS


Os Centros de Formação de Associação de Escolas do Distrito de Aveiro levam a efeito, no próximo dia 18 de Março, no auditório do Museu Marítimo de Ílhavo, um seminário sobre a temática


«Auto-Avaliação das Escolas: Contributos Teórico-Práticos».


Aberto a educadores de infância e professores dos ensinos
básico e secundário, esta iniciativa destina-se preferencialmente a membros das direcções executivas e elementos das equipas de auto-avaliação das escolas / agrupamentos de escolas.

segunda-feira, 15 de março de 2010

DIA MUNDIAL DOS DIREITOS DOS CONSUMIDORES


Celebra-se hoje, 15 de Março, o Dia Mundial dos Direitos dos Consumidores e, para assinalar a data em Portugal, a Direcção-Geral do Consumidor (DGC) vai realizar uma ampla campanha informativa. A nível europeu, decorrerá em Bruxelas, nos dias 18 e 19 de Março, a Cimeira Europeia do Consumidor, promovida pela Comissão Europeia (CE).

A origem deste dia remonta a 15 de Março de 1962, quando “foram formulados pela primeira vez, nos EUA, os Direitos do Consumidor”, refere em comunicado a DGC, avançando que a data “transformou-se na referência anual para a reflexão e debate da problemática da defesa do consumidor, constituindo também o momento em que se apresentam publicamente medidas legislativas e campanhas de informação”.

Para assinalar o Dia Mundial dos Direitos dos Consumidores e informar os cidadãos acerca das garantias e dos direitos existentes, este ano, a DGC “vai realizar uma ampla campanha informativa por todo o país”, que contará com a participação de Governos Civis, Centros Autárquicos de Informação ao Consumidor e Centros de Arbitragem de Conflitos de Consumo.

A nível europeu, a CE, através da Direcção-Geral da Saúde e dos Consumidores (DGSANCO), promove nos dias 18 e 19 de Março, em Bruxelas, a Cimeira Europeia do Consumidor, este ano “dedicada aos serviços ao consumidor e visando em particular o acesso, as práticas leais e a escolha”.

Esta iniciativa tem o objectivo de “chegar mais facilmente a orientações concretas para a futura política europeia do consumidor em áreas relevantes como é o caso dos transportes, energia e banca”, com a agenda a incluir “a transparência dos serviços bancários, o futuro dos serviços online para consumidores, transportes urbanos sustentáveis e energia verde”.

domingo, 14 de março de 2010

QUEIXAS DOS PROFESSORES



Desde 2006, ano de abertura do SOS Professores, que cerca de 600 docentes se queixaram à linha por serem vítimas de actos de violência. Às agressões físicas e verbais, juntam-se situações de indisciplina como aquelas que terão estado na origem do suicídio de um professor de Música de uma escola de Fitares.

Os alunos são a principal razão de queixa (58,4%), mas também os encarregados de educação agridem os docentes (25,5%). Da análise aos dados da linha - uma iniciativa da Associação Nacional de Professores (ANP) -, constata-se ainda que são sobretudo as mulheres que procuraram apoio. As faixas etárias dos 40 aos 49 anos e dos 50 aos 59 representam quase metade das chamadas efectuadas.

Segundo Mário Nogueira, da Fenprof, "as mais novas acabam por ter algum receio de fazer queixa, até por estarem há menos tempo na profissão. Já nas professoras com 50 ou mais anos, verifica-se um desgaste físico e psicológico. Podem ter a experiência de como lidar com situações problemáticas, mas o desgaste faz com que recorram a linhas como esta para terem algum tipo de apoio".

Os dados da linha demonstram também que são os alunos do terceiro ciclo - precisamente o nível de escolaridade da turma que alegadamente agredia o professor de Fitares -, com 50 queixas, e do secundário (46) que motivam mais problemas. Desde 11 de Setembro de 2006 até 19 de Junho de 2009, a linha recebeu 353 contactos, dos quais 184 foram efectuados durante o ano lectivo de 2006/2007, 136 em 2007/2008 e 33 em 2008/ /2009. A estes 353 contactos juntam-se mais dez efectuados entre 10 de Setembro de 2009 e 10 de Janeiro de 2010. Houve ainda o acompanhamento de 228 situações, o que perfaz um total de 581 serviços prestados.

Mário Nogueira não se mostrou surpreendido com o elevado número de pedidos de ajuda e realça a necessidade de se "apostar na prevenção" de actos de violência ou de indisciplina. "Mas, quando a prevenção falha, os professores devem ter meios para que haja uma punição exemplar."

E é neste ponto que o psiquiatra Manuel Louzã Henriques também se concentra. "É essencial que os professores sejam respeitados, que tenham autoridade e que possam aplicar uma disciplina actuante." Para o clínico, actualmente os professores não são respeitados, considerando que os alunos vêem os docentes como alguém para "dar marradas", até porque os próprios encarregados de educação acham que podem "bater e exigir dos professores".

Louzã Henriques salienta ainda que "fala-se muito de bullying, mas o correcto é chamar-se má criação. A sociedade quer que cada um acorde o selvagem que tem em si. Pessoas vistas como tímidas ou que gostam de reflectir sobre os assuntos são muitas vezes vistas como frouxas". Firmeza, não enveredar pela hipertolerância, são soluções a adoptar.

sexta-feira, 12 de março de 2010

VIOLÊNCIA NA ADOLESCÊNCIA



Embora estar vulnerável a alguma situação seja próprio do ser humano, só muito recentemente este conceito foi retomado, ajudando a clarear os objectivos e contribuindo para a estruturação, realização e avaliação do trabalho junto dos adolescentes.

A violência nas suas mais diversas expressões, enquanto factor de vulnerabilidade para os adolescentes, leva-nos a considerar que, para impedirmos a sua (re)produção, as iniciativas sociopolíticas devem responder aos desafios de reconhecê-la e identificá-la com clareza; devem compreender melhor o processo de produção desse fenómeno e formar profissionais da saúde e educação competentes e socialmente comprometidos na sua resolução.


As acções passíveis de potencializar a redução da violência pressupõem: ferramentas e referências criativas na actuação do Estado e sociedade civil, na implementação de acções flexíveis, solidárias e coesas, capazes, sobretudo, de articular múltiplos actores sociais e diferentes sectores no sentido de propiciar uma melhoria na assistência à saúde e ducação; ampliação de programas de geração de emprego e renda; desenvolvimento social; acesso à cultura, desporto e lazer; incentivo e divulgação de boas práticas parentais; melhoria da infra-estrutura urbana e das condições socioeconómicas; programas e orientações dirigidos à mudança de atitudes e comportamentos e ao desenvolvimento de habilidades sociais, envolvendo, não só os sujeitos, mas também a família; e, finalmente, pressupõe-se que implementem políticas públicas que visem estimular valores e atitudes de paz e convivência saudável.

Marta Angélica Silva & Beatriz Pereira
(In Revista Portuguesa de Pedagogia, 2009)



quarta-feira, 10 de março de 2010

BULLYING NAS ESCOLAS DE ÁGUEDA



A crer na seriedade dos estudos recentes feitos no nosso país, nomeadamente no distrito de Bragança, todas as escolas têm bullying. E se todas as escolas têm bullying, nas escolas de Águeda também existe.

Mesmo que nos pareça exagerada esta generalização, bastará pensarmos que as estatísticas também nos dizem que a maior parte das vítimas não pede ajuda. Ou seja, temos que aceitar que, mesmo sem conhecer o fenómeno, ele pode estar realmente presente.
É evidente que muitas pessoas desconheciam o bullying até ao momento em que, qual vedeta, se apresenta na televisão por força do suicídio de um jovem de 12 anos.


A palavra bullying diz respeito a todas as formas de agressão, repetidas e intencionais, sem razões aparentes e que, resultando de uma relação desigual de poder, causam angústia, vergonha e mesmo dor. Dor que pode revelar-se insuportável e conduzir a vítima a actos desesperados, ou mesmo ao suicídio.
As agressões podem ser verbais, frequentemente confundidas com brincadeiras; podem ser corporais e morais, assumindo, não raras vezes, as características de guerra silenciosa, que vai destruindo, devagarinho, a auto-estima e impondo estados depressivos ao alvo das ditas brincadeiras, arruinando-lhe a vida. Pode começar muito cedo, ainda no jardim de infância, no entanto aceita-se que alcance o seu pico na adolescência.
Embora este discurso desperte o reconhecimento de que as escolas precisam de actuar na defesa das vítimas, não esqueçamos que os agressores convivem no mesmo meio. Ou seja, nas escolas estão as vítimas e os agressores.
Os peritos vão alertando para a falta de preparação das escolas para lidar com estes fenómenos, o que se tornou evidente nas justificações que foram dadas quando ouvidos os diferentes intervenientes no processo deste jovem de Bragança, de 12 anos, que se suicidou, – ninguém sabe explicar como aconteceu, ou, pior ainda, ninguém sabia o que estava a acontecer.
Sinalizado um agressor numa escola, a medida máxima que pode ser aplicada passa pela sua suspensão. Se pensarmos que os agressores são dominantemente oriundos de ambientes familiares pouco estruturados, que perceberam que podem ter poder sobre os outros colegas, a suspensão funciona, pois, como reforço do estatuto social.

O Ministério da Educação que perdoe a personificação, mas, que haja olhos que leiam e ouvidos que ouçam: é preciso dotar as escolas de meios, humanos e normativos, para se proceder, sobretudo, à prevenção destes factos.
Os funcionários das escolas, que são quem acompanha os alunos mais de perto nos espaços extra-aula, onde ocorrem nomeadamente as agressões mais violentas, precisam de ser suficientes e de estar atentos, para sinalizar as situações.
A diminuição acentuada destes profissionais e a ligação que passaram a ter com as Câmaras Municipais - e até com os Centros de Emprego - tem descaracterizado a classe que, como se diz, já não veste a camisola.
Eles são frequentemente os confidentes dos alunos, partilhando intimidades inconfessáveis aos professores. Os professores, por sua vez, porque o bullying entra, desavergonhadamente, na sala de aula, precisam de ver reforçada a sua autoridade para actuar em conformidade.

Os pais e encarregados de educação devem estar atentos a comportamentos e sinais denunciadores de mal-estar e podem recorrer a linhas telefónicas de apoio, dirigidas a professores, alunos e famílias, e a sítios na internet, nomeadamente o Portal Bullying, Centro de Ajuda Online, para além de se dirigirem à escola, dando conhecimento das suas suspeitas.
Um pouco ironicamente, como não podia deixar de acontecer na era das novas tecnologias, existem variações do fenómeno.
O cyberbullying – intimidação e violência psicológica pela internet - tem aumentado, sobretudo pela adesão dos jovens às redes sociais e blogs, assim como a perseguição e assédio via telemóvel.
É importante a educação sobre como usar adequadamente as tecnologias de informação e comunicação, o encorajar os jovens a falarem sobre os problemas, fazendo-lhes sentir que pedir ajuda não é sinal de fraqueza e, particularmente, não ignorar uma situação que pode ter desfechos tão dramáticos como o que conhecemos na passada semana, da criança que se lançou ao rio Tua, que podia ser o rio Águeda, numa escola de Mirandela, que podia ser no concelho de Águeda.

A directora do CFIAP

O PODER DO CONHECIMENTO


A propósito do arranque hoje da feira de emprego para jovens Futurália, a cuja comissão consultiva preside, o ex-ministro da Educação Roberto Carneiro falou sobre o que está bem e mal na formação dos estudantes.

Um estudo canadiano mostra que os alunos com resultados fracos aos 15 anos dificilmente recuperam. É preciso promover mais cedo o sucesso?

Quanto mais precocemente for detectado o risco e combatidas as suas causas, mais eficazes são as medidas de promoção do sucesso educativo e profissional.

O Governo está a traçar metas de aprendizagem, com os conhecimentos mínimos a alcançar em cada ano. Será benéfico?

Tudo o que signifique evidenciar resultados expectáveis de aprendizagem para cada ciclo educativo ajuda a tornar a avaliação mais objectiva e à melhoria do sistema.

O excesso de disciplinas no básico é um obstáculo à meta de 12 anos de escola obrigatória?

Os alunos não aprendem só ensinados, a escola deve estimular outras formas de aprendizagem informal e não formal, individualmente ou em grupo, com e sem tecnologias de suporte.

Como avalia a aposta nos cursos profissionais do secundário?

Atingimos já o objectivo de ter 50% dos matriculados no ensino secundário em vias profissionais ou profissionalizantes. Isso é um dado positivo e alinha-nos com o resto da Europa desenvolvida. Resta saber se a qualidade das novas ofertas profissionais, designadamente em estabelecimentos de ensino públicos, é reconhecida pelo mercado de trabalho. Ainda é cedo.

Concorda com a ideia de que é preciso reconverter todo o nosso sistema de ensino tendo em vista a busca precoce das "vocações"?

Concordo, desde que essa identificação precoce de vocações não signifique o retorno a formas de discriminação social e cultural em que a escola exclui ou segmenta.

Está há vários anos ligado à Futurália, feira de emprego para jovens. Qual é a motivação?

O reconhecimento de que a informação sobre cursos, empregos e vias de qualificação não é perfeita, originando graves distorções nas opções escolares e vocacionais. E a importância capital que atribuo à qualificação pessoal numa sociedade cada vez mais cognocrática, isto é, onde o verdadeiro poder está sediado no conhecimento e na capacidade de com ele criar valor.

Estas iniciativas, a par das promovidas pelas universidades, ajudam a orientar os jovens?

Sim. A transição do secundário para o superior é frequentemente traumática e nem sempre o jovem encontra as ajudas para realizar uma opção consciente e informada.

Portugal tem um atraso histórico ao nível das qualificações. Mas há desemprego de licenciados...

Vivemos a euforia da expansão desregrada do ensino superior ditada sobretudo pelas conveniências da oferta. É tempo de rever caminhos e solicitar às instituições um maior esforço para focalizar a oferta em análises do mercado de trabalho, actual e futuro. Quanto ao resto, não podemos abrandar o esforço de qualificação avançada das novas gerações. Estamos ainda muito longe dos padrões da maioria dos nossos parceiros europeus
.

SEMINÁRIO INTERNACIONAL: AVALIAÇÃO DE PROFESSORES



SEMINÁRIO INTERNACIONAL


AVALIAÇÃO DE PROFESSORES: PERSPECTIVAS NACIONAIS E INTERNACIONAIS


29 de Maio de 2010



No 29 de Maio de 2010, terá lugar, na Universidade do Minho, o seminário internacional Avaliação de Professores: Perspectivas nacionais e internacionais. Neste seminário internacional, discutir-se-ão as principais questões que se colocam à avaliação de professores e ao seu desenvolvimento profissional, nomeadamente:

- Quais são os propósitos da avaliação de professores?
- Quais são as componentes essenciais de um sistema de avaliação de professores de qualidade?
- Como deve ser documentado o desempenho docente?
- Como ajudar os gestores, os formadores e outros actores dos sistemas educativos a analisar, de forma crítica, os procedimentos de avaliação dos professores e do seu ensino?
- Como implementar dispositivos de avaliação que mobilizem os professores, simultaneamente, para um ensino de qualidade e para o seu desenvolvimento profissional?
- Quais são, na actualidade, as tendências internacionais da avaliação dos professores?

As Conferências estarão a cargo de Christopher Day da Universidade de Nottingham, Reino Unido : Formas de Avaliação Docente em Inglaterra: profissionalismo e performatividade e de Jean-Marie De Ketele, da Universidade de Louvain-la-Neuve, Bélgica: A avaliação do desenvolvimento profissional dos professores: postura de controlo ou postura de reconhecimento?




terça-feira, 9 de março de 2010

QUANTOS SÃO OS ALUNOS COM DIFICULDADES?


Tantas vezes ouvimos que “é preciso mudar as atitudes” que até poderíamos pensar que havia umas “técnicas especiais” para mudar atitudes. Seria tempo perdido. As atitudes mudam consequentemente quando a pessoa vive e reflecte sobre experiências que são incompatíveis com as representações que ela tem da realidade.

Numa reunião em que participei há pouco no Brasil, um grupo de professores levantava esta questão analisando os processos tal como se desenrolam no dia a dia das escolas. E as opiniões foram muito interessantes: dizia-se que, se um professor (vá-se lá saber porquê) identificar um grande número de alunos com dificuldades na sua sala de aula, isso acarretava consequências curiosas.

Antes de mais dava ao professor uma aura de rigor e de competência do tipo (“Este professor é muito exigente em termos de aprendizagem”). Depois, o professor marcava território no sentido em que se os resultados finais fossem maus ele poderá sempre dizer “Eu logo preveni que tinha muitos alunos com dificuldades”. Uma terceira consequência verifica-se no efeito desta identificação ao nível dos outros professores. Se um colega diz que tem muitos alunos com dificuldades, em que posição fica um colega que assinala poucos ou nenhuns alunos? Fica sem dúvida numa posição de fragilidade podendo a sua posição ser conotada com um idealista ou então mesmo de incompetente.

Diziam-me estes professores brasileiros que conheciam casos em que se verificou um “efeito de cascata”, em que começando um colega a assinalar as grandes e numerosas dificuldades dos seus alunos, os outros se sentiam na obrigação de seguir ou mesmo aumentar a parada. E este processo já tinha chegado a que se identificassem numa única sala de aula 40% (quarenta por cento) de alunos com dificuldades. (Parece aquelas conversas de idosos em que o seguinte tem uma doença sempre maior e mais dolorosa do que o anterior...)
(...)


(In Página da Educação)

segunda-feira, 8 de março de 2010

DIA INTERNACIONAL DA MULHER





BULLYING


Marcha de solidariedade em Mirandela.
População, pais e familiares da criança desaparecida, terça feira, no rio Tua, participaram hoje numa marcha de solidariedade «revoltados» com o silêncio da escola que, segundo dizem, ainda não lhes dirigiu uma palavra.
A ministra da Educação, Isabel Alçada, diz que é preciso dar «mais poder às escolas» para enfrentar os casos de violência. Mas não explica como o vai fazer e recusa comentar o caso de Leandro, o menino que se terá suicidado na semana passada depois de ter sido vítima de bullying.
(In Sol)

domingo, 7 de março de 2010

OS PROFESSORES NA ERA DIGITAL



Há nas escolas uma geração de professores e de educadores já nascidos na era digital que trabalham lado a lado com outros docentes que, envergonhadamente, se sentem infoexcluídos, pois pertencem a uma geração que amadureceu, pessoal e profissionalmente, antes da era da Internet.

Pela primeira vez na história da educação ocidental, ocorre um momento único pela sua singularidade e muito preocupante pelas transformações que irá imprimir no trabalho dos docentes e na organização das escolas:

- existe hoje um poderosíssimo instrumento de aprendizagem e de acesso ao saber (o computador, ou PC) que os alunos já dominam melhor que a maioria dos professores e que manipulam com mais destreza que a generalidade dos pais. O computador pessoal e o telemóvel modificaram, rápida e radicalmente, os rituais de iniciação nos grupos de pares, a comunicação intra e intergrupal, os graus de socialização e de integração, já que criaram novos gestos, linguagens, códigos,
símbolos, valores e um mundo infindável de engenhos periféricos.
Numa só geração desapareceram muitos dos artefactos que constituíam a memória e a referência do mundo dos adultos contemporâneos: o vinil foi o primeiro; agora agonizam os CD, as cassetes VHS e os DVD de primeira geração; um aluno de 1.º Ciclo não faz a mínima ideia do que era uma cassete áudio ou um rolo de fotografia a cores; um vídeo-gravador é um aparelho obsoleto e o arquivo de dados em disquetes pertence a um passado quase pré-histórico; grande parte da informação disponível já não existe em suporte de papel...

Se tanto não bastasse, há nas escolas uma geração de professores e de educadores já nascidos na era digital, que trabalham lado a lado com outros docentes que, envergonhadamente, se sentem infoexcluídos, pois pertencem a uma geração que amadureceu, pessoal e profissionalmente, antes da era da Internet, dos motores de busca, das bases de dados digitais, do matraquilho das mensagens por SMS ou da presença orwelliana do Messenger e do Facebook.

São professores e educadores que olham para as novas tecnologias da informação e da comunicação com a desconfiança dos traídos, pois sabem que é ali que está a fonte do mal que os há-de levar à desactualização precoce e, logo, ao mal-estar profissional que acompanha o desgaste, a indisfarçável angústia e o stress. (...)

sábado, 6 de março de 2010

FALTAM CONDIÇÕES PARA RESOLVER CASOS DE VIOLÊNCIA



As escolas querem equipas de psicólogos, assistentes sociais e médicos para poder responder a problemas como o bullying. A ideia é defendida pelo presidente da Associação Nacional de Dirigentes Escolares (ANDE), Pedro Araújo. "Os alunos chegam às escolas cada vez mais com carências sociais e os professores sozinhos não têm tempo nem formação para resolver essas situações", refere.

Assim, para o director da Escola Secundária de Felgueiras só existem duas soluções para o problema da violência em meio escolar. "Ou se apetrecha a escola com outro profissionais (médicos, psicólogos, assistentes sociais) ou se cria uma estrutura fora da escola para fazer isso", diz.

Neste momento, não existe uma regra definida para a presença de um psicólogo na escola. Alguns estão distribuídos por agrupamentos, enquanto outras escolas contratam estes profissionais a tempo inteiro. Pedro Araújo dá o exemplo do seu estabelecimento de ensino, frequentado por 1600 alunos, e onde um psicólogo trabalha diariamente para atender os alunos que o procuram, fazendo ao mesmo tempo o trabalho de orientação profissional. Apesar da dedicação a tempo inteiro, é insuficiente para acompanhar todos os alunos, admite Pedro Araújo.

Já para o presidente do Conselho das Escolas a criação e distribuição de um manual antibullying é uma medida que pode ajudar a lidar e a prevenir as situações de bullying. Deste guia deviam constar "medidas concretas de abordagem para as vítimas e agressores dirigidas aos pais, a adoptar em todas as escolas"(...)


quinta-feira, 4 de março de 2010

É PRECISO DIZER "NÃO"!




A autora do livro “O não também ajuda a crescer”, María Jesús Álava Reyes, diz que as crianças de hoje são menos felizes. E que por isso os pais têm que esforçar-se muito mais para ajudá-las.

Se a criança partir um braço vai ao médico, se tem problemas de comportamento ou aprendizagem escolar deve ir ao psicólogo, defende María Jesús Álava Reyes, psicóloga espanhola e escritora de best-sellers como “A Inutilidade do Sofrimento”. Mas, antes disso, é preciso incutir-lhe regras, diz. No início do mês Álava Reyes esteve em Lisboa para falar sobre “O não também ajuda a crescer”, publicado pela Esfera dos Livros, a pensar nos pais que passam pouco tempo com os filhos e que, por isso, lhes fazem todas as vontades. Hoje é mais difícil educar, alerta.


(Entrevista com a autora)

quarta-feira, 3 de março de 2010

OBRAS LITERÁRIAS NOS TELEMÓVEIS


Versões resumidas de obras como Memorial do Convento ou Felizmente Há Luar estão agora disponíveis para telemóvel, numa iniciativa da Porto Editora, que procura "adaptar os conteúdos aos dias de hoje" sem substituir os antigos suportes.

"A disponibilização de conteúdos digitais para suportes móveis é um passo que andávamos a preparar há alguns meses e que agora damos, apostando numa área que nos é bastante querida: a educação", revelou Paulo Gonçalves, do gabinete de comunicação e imagem da Porto Editora, à agência Lusa.

Os conteúdos da colecção Resumos Mobile foram organizados por professores especializados e desenvolvidos para iPhone e para telemóveis com sistema operativo Symbian S60 (por exemplo, Nokia N73, N78 e N95), sendo compatíveis com iPod touch e iPad.

Segundo o responsável, estão disponíveis "resumos de estudo de obras em língua portuguesa de autores consagrados que são abordados no ensino secundário", com vista a "apoiar o estudo dos alunos que, quando estão a preparar-se para os exames, podem agora aceder a conteúdos via telemóvel", seja para leitura ou audição.

Às obras Felizmente Há Luar, de Luís de Sttau Monteiro, e O Memorial do Convento, de José Saramago, juntar-se-ão, em breve, Os Maias, de Eça de Queirós, Frei Luís de Sousa, de Almeida Garrett, Mensagem, de Fernando Pessoa, ou Os Lusíadas, de Luís de Camões.

"A partir de agora é possível vermos jovens estudantes na rua com os seus telemóveis e os seus auriculares a ouvir os resumos", assim se preparando "para os exames ou para as provas", declarou Paulo Gonçalves, salientando que as novas plataformas não pretendem substituir outras, mas sim oferecer "opções complementares".

Nessa lógica, "esta forma de aceder aos conteúdos educativos não vai retirar a utilização dos livros auxiliares", podendo até "estimular o acesso ou o interesse por esse tipo de edições".

"A nossa experiência diz-nos que a disponibilização de novos formatos, novos suportes, aumenta o interesse nos conteúdos por parte dos utilizadores. E isso tem reflexo na procura de edições em papel", acrescentou. (...)

(In Educare)

VIOLÊNCIA ESCOLAR


Os inquéritos instaurados pelo Ministério Público sobre casos de violência em comunidade escolar aumentaram 30,6 por cento, em relação a 2008, só no Distrito Judicial de Lisboa, uma das áreas mais movimentadas do país. Segundo os dados da Procuradoria-geral Distrital de Lisboa (PGDL), divulgados esta terça-feira, a margem sul, nomeadamente o distrito de Almada, é a comarca com mais processos.

Em 2008, segundo os dados da Procuradoria-geral da República, foram instaurados em Lisboa 111 inquéritos, tornando esta comarca naquela que tem registo de mais casos. Em 2009, segundo o recente relatório da PGDL, foram abertos 145 casos de violência em meio escolar, um aumento de 30% que «não surpreende» a Confederação Nacional de Associações de Pais (CONFAP).
«Nós fizemos um apelo para que as situações de violência escolar fossem denunciadas. Não nos surpreende que haja um aumento nas denúncias, uma vez que acreditamos que os pais nos ouviram e denunciaram muitos casos que estavam encapotados», declarou ao tvi24.pt. Abílio Curto, presidente da CONFAP.(...)

BIBLIOTECA DIGITAL MUNDIAL