segunda-feira, 29 de junho de 2009

BOLETIM DOS PROFESSORES Nº 16


O Boletim dos Professores n.º 16, distribuído por todos os docentes, incide sobre os projectos pedagógicos realizados nas escolas do 1.º ciclo, tirando partido das novas tecnologias da informação e da comunicação (TIC), recorrendo ao portátil Magalhães. (...)


São dez casos de professores e de escolas que, neste ano lectivo, à semelhança de muitos outros professores e muitas outras escolas, apostaram nas novas tecnologias, recorrendo ao Magalhães, para prepararem os seus alunos para o mundo actual, incidindo sobre os conhecimentos previstos no currículo.



O EXEMPLO DO MODESTO PAÍS PARA LÁ DO ATLÂNTICO


No presente, as políticas ocidentais para a educação não são, pelo menos no papel, substancialmente diferentes de país para país.Tais políticas assentam num conjunto de pressupostos sobre o ensino e a aprendizagem, daí que quem o siga tenda a ver a realidade com os mesmos olhos, independente de ser português, espanhol, americano, ou canadiano.
Isto a propósito da opinião elogiosa que um especialista em tecnologia da Universidade de Toronto, de seu nome Don Tapscott, publicou num blogue sobre o sistema de ensino português, depois de ter visitado, em Abril, o nosso "modesto país para lá do Atlântico".
Escreveu ele que estamos a investir na "criação de um novo modelo de ensino", tendo-se pronunciado, em particular, sobre uma das medidas que o concretizam e que teve oportunidade de observar directamente: o uso de computadores individuais em sala de aula.
Há duas ou três afirmações deste especialista que, além de recorrentes, me parecem preocupantes.Uma delas é a seguinte:
“Teachers facing a classroom of kids with laptops need to learn that they are no longer the expert in their domain; the Internet is”.
(“Os professores que se deparam com uma sala de aulas cujos miúdos têm computadores portáteis precisam de aprender que já não são os especialistas no seu domínio: a Internet é que é".)
Ao contrário, entendo eu que os professores, independentemente dos recursos que têm à sua disposição, não podem abdicar do papel de especialistas no seu domínio. A Internet não substitui os professores, porque são estes, e não a Internet, que têm a incumbência de educar formalmente. Aos professores cabe levar os alunos a adquirirem os conhecimentos e a desenvolverem as capacidades que constam nos currículos e programas. Para tanto, devem recorrer a estratégias pedagógico-didácticas que a investigação indica como eficazes, mas de acordo com as especificidades da escola, da turma e dos alunos.Outra afirmação é a seguinte:
“The teacher directed the kids to an astronomy blog with a beautiful color image of a rotating solar system on the screen. “Now,” said the teacher, “Who knows what the equinox is?” Nobody knew. “Alright, why don’t you find out?”. The chattering began, as the children clustered together to figure out what an equinox was. Then one group lept up and waved their hands. They found it! They then proceeded to explain the idea to their classmates."
("O professor direccionou os alunos para um blogue de astronomia (…) “Agora”, disse o professor, “Quem sabe o que é um equinócio?". Ninguém sabia. “Muito bem, porque é que não descobrem?”. A tagarelice começou assim que os alunos se juntaram para resolver a questão … Um grupo levantou as mãos. Encontraram a resposta! Então, explicaram a sua ideia aos seus colegas".)
Esta estratégia, que consiste em levar os alunos a pesquisar a partir de uma questão, pode e deve ser usada em contexto de sala de aula, mas tem de ser sempre controlada directamente pelo professor, que tem por obrigação assegurar-se previamante que os alunos dispõem de bases para encontrar as respostas, que recolhem o conhecimento certo, que a explicação que fazem aos colegas vai no mesmo sentido e que os colegas a entenderam. Mais, esta estratégia é uma entre outras, pois direcciona-se para o desenvolvimento de certas capacidades, não para todas. Além disso, o tempo dispendido com ela não se compadece com a fluidez requerida pelo ensino.Uma terceira afirmação é a seguinte:
“They were collaborating. They were working at their own pace. They barely noticed the technology, the much-vaunted laptop. It was like air to them. But it changed the relationship they had with their teacher. Instead of fidgeting in their chairs while the teacher lectures and scrawls some notes on the blackboard, they were the explorers, the discoverers, and the teacher was their helpful guide.”
("Estavam a colaborar. Estavam a trabalhar ao seu próprio ritmo. Parece que não davam conta da tecnologia, do muito falado computador portátil. Era como ar para eles. Mas mudou a relação que tinham com o seu professor. Em vez de se agitarem nas suas cadeiras enquanto o professor explicava e escrevia apontamentos no quadro, exploravam, descobriam, tendo o professor como guia".)
Vejo neste discurso antiquíssimo (a diferença aqui situa-se apenas no recurso em questão) o grande perigo de se entender a aprendizagem de maneira mais ou menos desligada do ensino, pressupondo-se que o aluno sabe o que deve aprender, quando e como deve aprender, sendo capaz, por si só ou cooperativamente, de descobrir todo o conhecimento e de desenvolver todas as capacidades que estão determinadas nos documentos curriculares. Entendo que o papel do professor não pode reduzir-se ao de guia, ainda que em alguns momentos o possa ser, pois é a ele que cabe a direcção da aula, mesmo quando dá possibilidade aos alunos de desenvolverem trabalhos de pesquisa. Desta passagem parece também depreender-se que a explicação do professor e o uso do quadro são estratégias opostas ao uso do computador e, como tal, desaconselhadas.
Ora, não são uma coisa nem outra: as estratégias e os recursos educativos podem ser ou não eficazes, dependendo do modo como se utilizam.A finalizar saliento a recomendação que Don Tapscott faz ao presidente dos Estados Unidos da América: "Quer resolver os problemas das escolas? Olhe para Portugal!".
Tenho esperança que, caso o presidente Obama leia o artigo, perceba duas coisas:
Primeira: Que a observação que Don Tapscott fez do ensino em Portugal foi pontual e reduziu-se a um número muito limitado de salas de aulas, se não, mesmo a uma só. E que essa observação não teve um suporte teórico e metodológico que fosse além do senso-comum. Logo, não é uma observação que permita fazer generalizações, ainda mais quando se trata de resolver os problemas dum quadro educativo tão complexo como é o dos Estados Unidos.
Segunda: Que como ele próprio afirma "os estudos sobre o impacto dos computadores na escola têm sido inconclusivos ou pouco discriminativos. Um problema-chave é que simplesmente apetrechar as escolas com computadores não é suficiente".Sobre este assunto veja-se o lúcido texto de Ana Soares, intitulado: Novas tecnologias na sala de aula, publicado aqui.
Helena Damião
Consultora do CFIAP

domingo, 28 de junho de 2009

CHUVA DE VERÃO...


sexta-feira, 26 de junho de 2009

PORQUE É QUE A EDUCAÇÃO É UM PROBLEMA DIFÍCIL?


Quanto se muda alguma coisa no sistema de ensino, quando acontece um incidente numa escola, quando há exames nacionais ou internacionais, quando um responsável pelas políticas educativas se pronuncia publicamente acerca das mesmas, muitas pessoas interrogam-se cerca dos princípios pedagógicos que norteiam a educação, da cientificidade das decisões que se tomam, dos resultados que se obtêm em termos de aprendizagem.

Neste final de ano lectivo têm sido retomadas interrogações antigas, sem que se vislumbre, mais um vez, uma convergência de respostas.

Pensando no assunto, lembrei-me do pedagogo espanhol J. Quintana Cabanas que, a abrir o livro Eduquemos mejor: guia para padres y profesores,
põe a seguinte pergunta: "Porque é que a educação é um problema difícil?"A sua opinião é a seguinte:
“A dificuldade para chegar à fórmula correcta da boa educação é uma experiência quotidiana, a distintos níveis: em casa, é frequente o pai e a mãe não encontrarem um acordo sobre a aplicação de certas sanções aos filhos ou de os pôr ou não num colégio religioso; na escola, nem todos os professores compartilham o mesmo ideário educativo; esses professores queixam-se habitualmente de que os princípios educativos que consideram convenientes não são os mesmos que orientam muitas famílias; esses mesmos professores às vezes julgam inoportunas ou nefastas certas directrizes introduzidas no sistema educativo; e como se tudo isto não bastasse, ao nível teórico defendem o que outros condenam; e isto é uma dialéctica histórica que se assemelha à dos filósofos, sucedendo-se umas doutrinas a outras, mesmo as mais inverosímeis, parecendo impossível chegar à “verdade objectiva”, à norma da boa educação. (...)
Helena Damião (In Blog Rerum Natura)
Consultora do CFIAP

PROFESSOR BIBLIOTECÁRIO



O Ministério da Educação (ME) definiu um perfil específico para o cargo de professor bibliotecário, ao qual cabe a gestão da equipa da biblioteca escolar da escola ou do conjunto das bibliotecas do agrupamento, contando, para o efeito, com o apoio da equipa da biblioteca escolar.(...)

Os docentes designados para o exercício das funções de professor bibliotecário têm de pertencer aos quadros de escola, de ter formação na área das bibliotecas escolares ou das tecnologias da informação e da comunicação (TIC), de ter experiência nas bibliotecas escolares e de manifestar interesse no desempenho do cargo.
Para o exercício das respectivas funções, o professor bibliotecário é dispensado da componente lectiva, excepto se o número de alunos matriculados na escola ou no agrupamento for inferior a 400, caso em que está prevista a redução da componente lectiva em 13 horas.

Em cada agrupamento ou escola, é criada uma equipa que coadjuva os professores bibliotecários, para a qual cabe ao director designar os docentes que possuam as competências adequadas às funções a desempenhar.
O processo de designação dos professores bibliotecários é realizado internamente pelos agrupamentos ou pelas escolas, até ao final de Junho.(...)

(In Portal da Educação)

quinta-feira, 25 de junho de 2009

CALENDÁRIO ESCOLAR


O próximo ano lectivo começa entre 10 e 15 de Setembro para os alunos do ensino básico e secundário, segundo o calendário escolar 2009/2010 divulgado esta quinta-feira pelo Ministério da Educação, refere a Lusa.
O calendário escolar para o ano lectivo 2009/2010, que aguarda publicação no Diário da República, prevê ainda que as actividades do pré-escolar se iniciem entre 9 e 15 de Setembro.
Para os alunos dos 9.º, 11.º e 12.º anos, que têm de realizar exames nacionais, as aulas terminam a partir de 8 de Junho de 2010, enquanto os restantes entram de férias a partir de 18 de Junho. (...)

Para as interrupções lectivas, as chamadas férias de Natal, Carnaval e Páscoa, estão previstas as seguintes datas: de 19 de Dezembro de 2009 a 03 de Janeiro de 2010, de 15 a 17 de Fevereiro, e de 27 de Março a 11 de Abril.
As actividades educativas nos estabelecimentos do ensino pré-escolar terminam entre 5 e 9 de Julho de 2010. (...)

No dia 11 de Setembro, as escolas e os agrupamentos do Ensino Secundário «deverão promover, envolvendo a respectiva comunidade educativa, uma acção formal de entrega dos certificados e dos diplomas aos alunos que, no ano lectivo anterior, tenham terminado» esta etapa, refere o ME.


TAMANHO INTERESSA...


Quando aquilo que resta de um animal pré-histórico não é muito, os paleontólogos têm de fazer estimativas em relação ao seu tamanho. Recorrem por isso a ossos como o fémur e o úmero, como pilares para um modelo estatístico.

Mas, segundo um cientista norte-americano, os dinossauros estão a ser sobredimensionados. Afinal, podem não ter sido tão grandes como se pensava.
"Os paleontólogos usam há 25 anos um modelo estatístico para estimar o peso do corpo dos dinossauros gigantes e outros grandes animais extintos. Contudo, ao voltar a analisar a referência original, mostramos que os modelos estatísticos têm falhas graves e que provavelmente os dinossauros gigantes pesavam apenas metade do suposto", indicou Gary Packard, da Universidade Estadual do Colorado (EUA). O estudo foi publicado na revista Journal of Zoology. (...)

(In Diário de Notícias)

quarta-feira, 24 de junho de 2009

FORMAÇÃO ÉTICO-DEONTOLÓGICA DE PROFESSORES



A formação ética dos profesores é apenas uma dimensão da sua formação geral e deve ser coerente com os princípios filosóficos, epistemológicos e científicos que a orientam, os quais, embora raramente explicitados nos programas de formação, transmitem visões diferentes do mundo, do homem, da sociedade e da escola.

Apontam, portanto, para diferentes concepções de profissionalismo que estão patentes quando se examinam as tipologias de modelos construídas como, por exemplo, a de Zeichner (1983) e as inerentes concepções sobre o sujeito e o seu lugar na formação.

Mais especificamente no domínio da ética, Sockett (2008) esbça quatro tipos de profissionalismo e, portanto de docente enquanto profissional: o escolar enfatiza o papel primordial do conhecimento e da sua transposição didáctica enquanto elementos formadores do espírito e gerador de virtudes; o "maternal" (nurture profissional) tem como foco o desenvolvimento do indivíduo, submetendo o conhecimento à afectividade e ao cuidado (care); o clínico, assente na investigação científica educacional, valoriza como objectivos educacionais a socialização numa sociedade democrática e a justiça social; o agente moral, vê o ensino como actividade moral pois prossegue o desenvolvimento do outro, e, seguindo a tradição aristotélica, associa os conteúdos com a moral e as virtudes intelectuais.

Como o autor alerta, cada modelo pode originar diferentes teorias e práticas. Contudo, julgamos que não se poderão considerar modelos mutuamente exclusivos. Por outro lado, apesar das divergências dos diferentes modelos e dos seus pressupostos conceptuais, tem ganho espaço a afirmação de uma orientação reflexiva da formação e do valor formativo das situações de trabalho. (...)

( T. Estrela e Maria Rosa Afonso, in Noesis nº 77)

terça-feira, 23 de junho de 2009

SEMINÁRIO - NOVOS DIRECTORES ESCOLARES



O Decreto -Lei n.º 75/2008, de 22 de Abril, estabeleceu o regime de autonomia, administração e gestão dos estabelecimentos públicos da educação pré-escolar e dos ensinos básico e secundário. Entre as principais alterações introduzidas neste novo regime salienta-se a generalização do cargo unipessoal do director.
O desafio que agora é colocado aos novos directores das escolas, num cargo que ocuparão por quatro anos, é o de planear estrategicamente a melhoria sustentada da organização que irão liderar para que, ao longo desse período, possam angariar dados que validem e ajudem a pilotar essa melhoria.
Neste Seminário irão ser abordadas problemáticas que se prendem com a gestão das escolas portuguesas, tentando proporcionar um debate sobre da importância da qualidade e da melhoria nas organizações educativas aos níveis europeu, nacional e local.

BULLYING


Especialista diz que pelo menos dois milhões de crianças são vítimas deste tipo de violência na Europa.
O "bullying" é uma guerra silenciosa que atinge muitos lares portugueses e "arruína a vida" de cerca de 40 mil crianças, com elevados custos para o Estado, segundo o director de uma associação de pais cristãos holandesa. (...)


Segundo o responsável, estas crianças que foram vítimas graves deste tipo de violência e que tiveram de repetir um ano na escola representaram um custo médio para o Estado de nove mil euros.
Por outro lado, acrescentou, uma criança vítima de bullying irá enfrentar muitos problemas durante a vida: desde distúrbios na alimentação, desemprego, problemas de relações humanas, o medo de terem os seus próprios filhos e um elevado risco de suicídio como resultados destes traumas.
"Os efeitos de bullying são graves e causam falta de auto estima. As pessoas sentem-se insignificantes e sem valor", comentou. (...)

TESTES DE SIDA NAS ESCOLAS



Cinco unidades móveis do Instituto Português da Juventude (IPJ) vão a partir de Setembro distribuir preservativos e fazer rastreios ao VIH a jovens dos 12 aos 25 anos em escolas, discotecas e festivais de música, adiantou ao DN Susana Ramos, uma das coordenadoras do projecto. Mas a possibilidade de se fazerem análises de despiste da sida a menores de idade sem o consentimento dos pais não reúne consensos, entre médicos e pais.

"As unidades móveis vão fazer rastreios, baseados na confidencialidade. Um jovem que sinta necessidade pode fazer o rastreio de total confidencialidade sem correr o risco de se cruzar com os pais ou um vizinho", explica Susana Ramos, vice-presidente do IPJ, acrescentando que vão ser organizadas palestras e sessões de esclarecimento. Em Portugal, segundo a Comissão Nacional para o VIH, há 281 infectados até aos 19 anos.(...)

segunda-feira, 22 de junho de 2009

PORTAL DAS ESCOLAS


Chama-se Portal das Escolas. E está em funcionamento a partir de hoje.

O Ministério da Educação considera-o "um dos projectos-chave do Plano Tecnológico da Educação". A ministra Maria de Lurdes Rodrigues descreve-o como uma ferramenta para melhorar “as condições de ensino e de aprendizagem para professores e alunos”.


A apresentação do Portal das Escolas (https://www.portaldasescolas.pt ) aconteceu esta manhã, no Centro Cultural de Belém, em Lisboa. Além de conteúdos educativos, promete-se informação “relevante sobre todas as escolas do país”. A saber: localização, contactos, órgãos de gestão, história e oferta educativa. (...)


(In Público.pt)

domingo, 21 de junho de 2009

TERÇAS-FEIRAS DE MINERVA


Ciclo de Conferências nas "Terças-Feiras de Minerva"




Realiza-se no próximo dia 23 de Junho, pelas 18h15, a décima quinta sessão do ciclo


"O dever de educar para a História"


Esta sessão é dedicada ao dever de educar para a História, que muito dizem negligenciado, aligeirado ou, mesmo, afastado do ensino actual. Terá razão quem assim opina? Se sim, que razões justificarão este estado? Que consequências advirão para as novas gerações do desconhecimento histórico? E, qual a função social da História no Mundo de hoje?
O convidado é João Gouveia Monteiro, professor de História da Universidade de Coimbra, Director do Instituto de História e Teoria das Ideias e Director da Imprensa da Universidade de Coimbra.
Na Livraria Minerva (Rua de Macau, n.º 52 - Bairro Norton de Matos) em Coimbra.
A próxima sessão é a sessão de encerramento do ciclo durante Julho (a marcar).
As sessões deste ciclo estão abertas ao público (com certificado de presença).
A organização é de Helena Damião, João Boavida, Isabel de Carvalho Garcia, Mónica Vieira e Aurora Viães.


sábado, 20 de junho de 2009

MAIS SIMPLEX



A ministra da Educação admite prolongar, por mais um ano lectivo, o modelo simplificado de avaliação de professores, aprovado pelo Governo em Janeiro deste ano. Já o adiamento do processo continua a ser rejeitado "categoricamente".

A disponibilidade para manter o Simplex surge numa resposta de Maria de Lurdes Rodrigues ao Conselho Científico para a Avaliação dos Professores (CCAP), a propósito de um relatório em que este órgão consultivo alerta para a "perturbação" e "desmotivação" que a avaliação causou em muitas escolas.

No documento, a ministra pede ao CCAP para se pronunciar sobre duas possibilidades: manter o 'modelo transitório, que deveria vigorar apenas até ao fim deste ano lectivo; ou reactivar o regime de avaliação docente aprovado em 2007 e 2008, retomando a obrigatoriedade das aulas assistidas, as sanções para desempenhos negativos, e itens de classificação polémicos, como as notas e a assiduidade dos alunos. (...)

AVALIADORES: NEM PREPARADOS, NEM À VONTADE...



Três em cada dez professores (28 por cento) das escolas acompanhadas pelo Conselho Científico para a Avaliação dos Professores foram avaliados por um colega de uma área disciplinar diferente da sua, sendo que os avaliadores, no geral, não se sentiram “preparados nem à vontade” para essa função.Esta é uma das conclusões constante no relatório de acompanhamento e monitorização do CCAP, realizado através de visitas e estudos a 30 estabelecimentos de ensino e divulgado hoje pelo Ministério da Educação. “Em média, 72 por cento dos avaliadores pertence à mesma área disciplinar do avaliado e 28 por cento, em média, será avaliado por um avaliador de outra área disciplinar. No entanto, a situação nas escolas é diferenciada, uma vez que em cinco a maioria dos avaliadores não pertence à área disciplinar do avaliado”, lê-se no relatório. Segundo o CCAP, o não reconhecimento de legitimidade a muitos avaliadores é um aspecto que reúne a maioria da opinião dos informantes das 30 escolas associadas. (...)

sexta-feira, 19 de junho de 2009

1ª FEIRA DO MUNDO RURAL


A 1ª. Feira do Mundo Rural, localizada no Parque dos Abadinhos, em Águeda, foi ontem oficialmente inaugurada pelo presidente da Câmara, Gil Nadais. Mostra cerca de 1600 animais de várias espécies.
O Parque dos Abadinhos transformou-se numa verdadeira quinta rural e é assim que estão presentes cerca de 1600 animais, pertencentes às diversas espécies pecuárias portuguesas como galináceos, palmípedes, outras aves, bovinos Holstein, bovinos raça autóctones, bovinos raça brava, ovinos, caprinos, equinos, asininos, entre outros. Animais que durante a história da agricultura sempre conviveram de perto com o Homem, nas mais diversas funções, desde a sua utilização como meios de trabalho, alimentação ou puro lazer.
O certame tem um espaço dedicado aos mais pequenos, e que tem recebido a presença de várias crianças das escolas do Concelho, aqui estão previstas muitas surpresas e muitos brindes à mistura. Um desses espaços é o “Bar do Leite”, que ensina aos mais pequenos algumas coisas sobre o leite e promove os produtos nacionais.
No dia da inauguração, foi também apresentado o “Movimento Mais PT”, que tem como objectivo lutar pela defesa dos produtos nacionais. Além de toda a temática educativa e cultural, na 1ª. Feira do Mundo Rural pode assistir a provas de arte equestre e ao II Concurso da Raça Holstein Centro, que promete ser o ponto alto da feira.

(In Soberania do Povo)

RELATÓRIO DO CCAP


O Conselho Científico para a Avaliação de Professores (CCAP) entregou à ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, o seu relatório sobre o acompanhamento e a monitorização da avaliação do desempenho docente bem como várias recomendações.
Aprovados por unanimidade em reunião do CCAP, em 8 de Junho último, estes documentos resultam tanto da reflexão feita pelos seus membros como pelas visitas que realizaram a um conjunto de escolas.
Estes documentos, bem como outros, estão disponíveis na página electrónica do CCAP, em
www.ccap.min-edu.pt .

quinta-feira, 18 de junho de 2009

É PRECISO APROVEITAR AS TIC




Os professores devem abrir-se às novas tecnologias e introduzi-las nas suas práticas pedagógicas, para evitar um hiato entre a escola e os alunos, alertou Roberto Carneiro, ex-ministro da Educação, à agência Lusa.
Roberto Carneiro falava a propósito do Fórum de Lisboa sobre Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) e Inovação na Educação, que decorre hoje e amanhã no Centro de Congressos da capital e no qual participa como moderador.

"É preciso que os professores se abram às novas tecnologias, que não tenham medo delas e as introduzam plenamente nas suas práticas pedagógicas, para que não haja um hiato, como se verifica muitas vezes, entre uma escola analógica, do século XX, e os alunos do século XXI", sublinhou.

O professor da Universidade Católica Portuguesa considera que "as novas gerações são nativas da tecnologia, nascem já aptas, não são emigrantes como os mais velhos e não têm grande dificuldade no acesso e uso das ferramentas tecnológicas".

"A questão é se usam as tecnologias de forma regrada, de forma sábia, e se as conseguem aproveitar ao máximo numa perspectiva de aprendizagem, para a educação", acrescentou o docente, que criou e coordena uma variante em Comunicação Digital e Interactiva na licenciatura em Comunicação Social da Universidade Católica. (...)

(In Educare.pt)

quarta-feira, 17 de junho de 2009

AMBIENTES EFICAZES



Foi demonstrado que o ambiente da sala de aula não só afecta os resultados e a realização dos alunos, como é também uma questão de política proeminente nalguns países e regiões. As acções dos alunos na sala de aula e a criação de um ambiente de aprendizagem seguro e produtivo são importantes para muitas escolas e podem constituir uma dimensão difícil do trabalho dos professores. Por exemplo, o TALIS descobriu que, na maioria dos países, um em cada quatro professores perde pelo menos 30% do tempo de aula com estes dois factores e alguns professores perdem mais de metade.

Para além disto, nos vários países, 60% dos professores encontram-se em escolas cujos directores/presidentes comunicam que os distúrbios na sala de aula prejudicam a aprendizagem. Em todos os países, isto constitui um problema numa proporção de escolas relativamente elevada e coloca um desafio significativo para uma aprendizagem eficaz.

(In OECD, Talis)

terça-feira, 16 de junho de 2009

RELATÓRIO TALIS


A OCDE considerou hoje Portugal um caso "preocupante" para as "carreiras e vidas profissionais dos professores" por falta de um sistema de avaliação de desempenho dos docentes, segundo um relatório divulgado pelo Ministério da Educação.

A conclusão faz parte do relatório TALIS (Teaching and Learning International Survey) da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), que fez um estudo comparativo das condições de trabalho e do ambiente de ensino e aprendizagem em escolas de 23 países, que decorreu entre Março e Maio de 2003 e Março e Maio de 2008.

O estudo, realizado com o apoio da Comissão Europeia, abrange 23 países participantes: Alemanha, Austrália, Áustria, Bélgica (Comunidade flamenga), Brasil, Bulgária, Dinamarca, Estónia, Hungria, Islândia, Irlanda, Itália, Coréia, Lituânia, Malásia, Malta, México, Noruega, Polónia, Portugal, Eslováquia, Eslovénia, Espanha e Turquia.
Em cada país, foram seleccionadas, aleatoriamente, cerca de 200 escolas e, em cada escola um questionário foi preenchido pela escola e outro por 20 professores seleccionados aleatoriamente.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

AVALIAÇÃO EXTERNA



A IGE prevê realizar, no ano lectivo de 2009/2010, a avaliação de 300 escolas, com a seguinte distribuição regional: Norte, 102; Centro, 64; Lisboa e Vale do Tejo, 92; Alentejo, 24; e Algarve, 18.
As escolas podem apresentar a sua candidatura à participação nesta actividade, no próximo ano lectivo, até 30 de Junho, através do endereço
aval.externa@ige.min-edu.pt.

Até 17 de Julho, a IGE informará as escolas que forem seleccionadas e pedir-lhes-á que comecem a preparar documentação a apresentar.
A visita das equipas de avaliação externa aos agrupamentos e às escolas ocorrerá entre o início de Novembro de 2009 e meados de Maio de 2010, em consonância com o calendário escolar e de acordo com a disponibilidade de recursos.

domingo, 14 de junho de 2009

EXAMES NACIONAIS



A primeira fase dos exames vai desenrolar-se de 16 a 23 de Junho, altura em que são também postas à prova as capacidades das escolas de garantirem as condições adequadas à sua realização.
O sigilo das provas, elemento fundamental para assegurar a igualdade de oportunidades, deve ser garantido pelo secretariado da escola.
As provas são transportadas para as escolas por forças policiais, sendo os subscritos colocados num cofre do estabelecimento de ensino e entregues minutos antes do início do exame aos membros do secretariado.

"Só na hora definida para cada prova é que são abertos os sacos com a prova", avançou o presidente do Conselho das escolas, acrescentando que ao sigilo se segue a questão do anonimato: no final da prova é retirado o destacável que identifica o aluno, identificação essa então substituída por um número de código.
"Quando as provas vão para o agrupamento de exames, não há a identificação nem sequer da escola para garantir aos correctores que as provas são anónimas" e só no final do processo é reposto o nome do aluno, explicou Almeida dos Santos.


Durante a prova, os vigilantes - "professores definidos sala a sala e que não são da mesma área científica da prova" - não podem sair da sala ou ter meios de comunicação em sua posse.
"Não são só os alunos que não podem ter telemóvel, os professores também não podem", indicou este responsável escolar.
A viagem das provas, transportadas em sacos fechados, até aos correctores é de novo feita por agentes da polícia.


Mais de 156.000 alunos estão este ano inscritos na primeira fase dos exames nacionais do secundário. Serão realizadas 346.282 provas, mais 6,1 por cento do que em 2008, de acordo com os dados do Ministério da Educação.

(In RTP Notícias)

sábado, 13 de junho de 2009

HISTÓRIA DA @


A primeira vez que se escreveu a arroba (@) foi a 4 de Maio 1536, de acordo com o que noticia a agência «EFE». O símbolo que se utiliza agora em endereços de e-mail foi representado num documento mercantil enviado de Sevilha a Roma.

O
blog Visita Sevilla avançou com a informação do documento que foi escrito pelo comercial italiano Francesco Lapi. «Uma arroba de vinho, que é 1/13 de um barril, vale 70 ou 80 ducados», é, de acordo com o comercial, o que estava escrito na carta.

O documento foi descoberto pelo professor Giorgio Stabile, da Universidade de Sapieza.
A arroba é uma unidade de medida usada até há poucos anos e é a quarta parte de um quintal. A palavra vem do árabe «ar-roub» que significa quatro. A evolução do símbolo começou depois de os monges copistas a passarem para latim, ao escrever «ad», que significava em desenho um «6» reflectido e que se desenvolveu ao longo dos tempos no símbolo que conhecemos.
A relação com a internet tem a ver com o seu significado em inglês «at», tendo sido o símbolo popularizado nos anos 70 quando se inventou o correio electrónico. (...)

sexta-feira, 12 de junho de 2009

DIA MUNDIAL CONTRA O TRABALHO INFANTIL


quarta-feira, 10 de junho de 2009

OS PROFESSORES TÊM QUE TRABALHAR MAIS?




Na entrevista que a jornalista Bárbara Wong fez à senhora presidente do Conselho Nacional da Educação encontro cinco passagens em que ela refere que os professores devem passar a trabalhar mais (aqui e aqui). Transcrevo-as:

- “Hoje em dia, temos mais capacidade para resolver problemas, mas para isso, os professores têm que trabalhar mais. Não podem ser só as famílias, embora estas sejam importantes.”
- “… os professores compreendam as dificuldades dos alunos, insistam e trabalhem muito. Isto é muito importante, para poder resolver, porque se não, os professores dão sempre mais do mesmo.”
- “O que proponho não é facilitismo, mas mais trabalho para os professores.”
- “O professor tem que ensinar mais e de outras maneiras.”
- “É preciso encontrar outra solução que é trabalhar mais e ir mudando os percursos.”

As considerações que, de seguida, faço são baseadas no conhecimento directo que tenho do trabalho de muitos professores com quem, por razões profissionais, contactei ao longo do ano lectivo que está a terminar. Tal conhecimento não é, portanto, científico, no sentido de poder apresentar dados fiáveis sobre o mesmo; é do foro da opinião e, portanto, vale o que vale.

1. Para quem não sabe, o horário dos professores é composto pelas componentes lectiva e não lectiva (desdobrando-se esta em duas componentes: não lectiva de trabalho a nível de estabelecimento e não lectiva de trabalho individual), remetendo, cada uma delas para inúmeras tarefas que todos os professores, sem excepção, têm de desempenhar. A senhora presidente do Conselho Nacional da Educação terá em mente que os professores trabalhem mais nas duas componentes ou só numa dela e, se for este o caso, em qual delas?

2. Neste momento, esses professores que conheço dizem-me, e eu acredito, que não podem trabalhar mais, que lhes é humanamente impossível acrescentar mais tempo e mais tarefas ao que já fazem.

3. Acresce que esses professores, por se importarem com as aprendizagens e com os seus alunos, denotam uma fadiga extrema e um desapontamento enorme por sentirem que, apesar de todos os seus esforços, não conseguiram, durante o ano, fazer o que acham que deviam ter feito: ensinar bem.

4. Esses professores também me manifestam perplexidade, porque, à semelhança da senhora presidente do Conselho Nacional da Educação, toda a gente lhes diz que têm de ensinar “de outras maneiras”, de “ir mudando os percursos”, como se se soubesse, obviamente, quais são eles. Porém, a verdade é que ninguém, por mais especialista que se apresente, se atreve a dizer quais são essas “outras maneiras”, esses “percursos” que se insinua resolverem os problemas com que os professores se confrontam no dia-a-dia.

Não, os professores não “têm que trabalhar mais”: os professores têm, sobretudo, de desempenhar menos tarefas burocráticas. E as tarefas que lhe são atribuídas têm de ser menos dispersas, e convergir para a função de ensino. Isto para que os professores possam trabalhar melhor.

Nota: O leitor que tenha curiosidade em conhecer melhor as funções que estão atríbuídas aos professores, deve consultar o Decreto-Lei n.º 15/2007, de 19 de Janeiro (Estatuto da Carreira Docente) e o Despacho n.º 19117/2008 de 17 de Julho (que orienta a elaboração dos horários dos docentes). Estes documentos, apenas darão uma pequena visão das totalidade de tarefas que os professores efectivamente desempenham.

Helena Damião
Consultora do CFIAP



segunda-feira, 8 de junho de 2009

MESTRADO EM CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO

Aberto concurso para a 2.ª fase de candidatura (1 a 30 de Junho de 2009)
http://www.uc.pt/fpce/ensino/mestrados/MestrdEducacaoSociedadeConhecimento.pdf

do Mestrado em Ciências da Educação – Educação e Sociedade do Conhecimento

A iniciar no ano lectivo de 2009/2010

Na Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Coimbra

Coordenação: Professora Doutora Maria das Dores Formosinho Simões

Elenco disciplinar:
- Teoria da Educação
- Análise multidisciplinar da sociedade de informação I e II
- Análise do discurso pedagógico contemporâneo
- Metodologia de investigação científica em educação I e II
- Questões éticas da contemporaneidade e educação
- Novos contextos cognitivos e processos de aprendizagem
- Opções

Mais informações: Gabinete de Estudos Pós-Graduados gepg <gepg@fpce.uc.pt>

domingo, 7 de junho de 2009

O TRABALHO DENTRO DA SALA DE AULA


Na entrevista referida em texto anterior, a senhora presidente do Conselho Nacional da Educação afirmou que é preciso “mudar o paradigma do trabalho dentro da sala aula”.

Para se fazer uma tal afirmação seria preciso, antes de mais, conhecer-se em pormenor esse mesmo paradigma.

Ora, tanto quanto sei, não dispomos desse conhecimento: haverá estudos de observação dispersos, filiados em múltiplas teorizações, que recorreram a estratégias e instrumentos de investigação diversos, e que incidem neste ou naquele ano, ciclo ou nível de escolaridade, nesta ou naquela área curricular ou aspecto de ensino e/ou de aprendizagem, mas daí a termos uma ideia completa e consistente do paradigma ou paradigmas de trabalho em sala de aula (pois nem sequer sabemos se há um ou vários…) vai uma grande distância.

De seguida, seria fundamental apontar o paradigma alternativo, o paradigma novo, que, com fundamento filosófico e científico, se nos afigure perfeito e que, portanto, se justificaria colocar em prática. Mas, dispomos nós de um novo modo de pensar e agir, susceptível de orientar o trabalho dentro da sala de aula? Tanto quanto sei, não existe: cada teorização, cada autor avança convictamente a sua proposta, não se podendo, porém, dizer que uma é, em absoluto, mais válida do que a outra.

De notar que uma "mudança paradigmática", se atendermos ao significado desta expressão, tem necessariamente de ser profunda, justificando-se, neste ponto, perguntar: o paradigma actual (a existir, claro) é completamente inadequado, de modo que urja a respectiva substituição?

Em vez do mais que habitual apelo à mudança-pela-mudança, não seria preferível que um organismo como o Conselho Nacional da Educação se empenhasse na análise alargada do ensino que tem, de facto, lugar em sala de aula, num estudo conduzido por princípios de objectividade e rigor, de modo que, em função dos dados obtidos, se pudesse identificar o que está certo (devendo ser recomendado) e errado (devendo ser mudado)?

Helena Damião
Consultora do CFIAP


ELEIÇÕES EUROPEIAS


sábado, 6 de junho de 2009

TV PAIS



A Confederação Nacional das Associações de Pais (Confap) prevê lançar um canal televisivo na Internet já no próximo ano lectivo, revelou hoje o presidente da estrutura. "Vamos tentar que a estação funcione já no próximo ano lectivo", disse Albino Almeida.

O dirigente referiu que a "TV Pais" servirá essencialmente para fazer a "capacitação parental" dos encarregados de educação, ou seja, para os ajudar a acompanhar melhor o processo educativo dos seus filhos. "Pessoas com provas dadas na Educação" serão convidadas a animar algumas emissões, segundo o presidente da Confap, que não adiantou nomes.

Para Albino Almeida, será desejável que os pais vejam a emissão de TV online nos computadores dos filhos, em "partilha".(...)



(In Público.pt)

sexta-feira, 5 de junho de 2009

AS ESCOLAS NÃO PREPARAM OS PROFESSORES


Ana Maria Bettencourt admite que o ensino superior não tem preparado os professores para responder aos desafios que os alunos com dificuldades colocam. É preciso mais investimento em formação contínua, recomenda.

Os professores estão motivados para trabalhar de uma maneira diferente?

Os professores estão muito interessados em fazer o melhor. A formação contínua é muito importante para motivar as pessoas, a escola tem que ser um pólo de pensamento, de reflexão das aprendizagens, dos resultados, dos projectos e acredito que há grande motivação.

Concorda com as as críticas que têm sido feitas à formação inicial?

As escolas superiores não prepararam os professores para o mundo complexo que é a educação. Não posso generalizar, mas todos os professores que encontro no terreno não preparam bem os futuros professores para responder à diversidade e a diferenciação entre os alunos. Há um problema com a formação inicial e também com a contínua. Neste momento em que não precisamos tanto de formar novos professores, a formação contínua tem que ser a grande aposta. Os recursos da formação inicial devem ser canalizados para a contínua.

São exigidas mais competências à escola que não apenas a de ensinar?

As questões que vão bater à porta da escola são cada vez mais e são terríveis. É preciso mais parcerias com autarquias, associações, comissões de protecção de jovens e com os pais. (...)

(Entrevista com Ana Maria Bettencourt, no Público.pt)

CIÊNCIA E TECNOLOGIA


Depois da Finlândia, no ano passado, Portugal é, em 2009, o país convidado de honra do 5.º Salão Europeu de Investigação e Desenvolvimento, que hoje termina, em Paris. Ciências da vida, ciências do mar, robótica, soluções tecnológicas para simplificação de processos e novos produtos são alguns dos exemplos de modernidade que Portugal levou à Cidade das Luzes.


Robótica oceânica e o trabalho desenvolvido no estudo do fundo marinho, na Zona Económica Exclusiva, para a extensão da plataforma continental; o Alert, um novo sistema de gestão hospitalar, que já está a ser exportado; um outro para detecção automática de incêndios, ou ainda casos de inovação na biotecnologia. Estes são alguns dos exemplos de investigação, tecnologia e inovação desenvolvidas nos últimos anos em Portugal que estão em destaque no 5º Salão Europeu de I&D (Investigação e Desenvolvimento), que hoje termina em Paris, e no qual Portugal é o país convidado de honra. (...)




5 DE JUNHO: DIA MUNDIAL DO AMBIENTE











quinta-feira, 4 de junho de 2009

EDUCAÇÃO SEXUAL NAS ESCOLAS


O parlamento aprovou hoje o diploma que estabelece o regime de aplicação da educação sexual em meio escolar, mas a oposição de esquerda criticou o PS de ter recuado na questão da distribuição gratuita de contraceptivos.

O texto final apresentado pela Comissão Parlamentar de Educação e Ciência, relativo ao projecto de lei do Governo, que estabelece o regime de aplicação da educação sexual em meio escolar foi aprovado pelo PS, PCP e PEV e recebeu votos contra do PSD, CDS-PP e dos deputados socialistas Matilde Sousa Franco, Teresa Venda e Maria Rosário Carneiro, enquanto o BE absteve-se.

Segundo o diploma hoje aprovado, no ano lectivo de 2009/2010 todos os agrupamentos de escolas e escolas não agrupadas deverão ter em funcionamento gabinetes de apoio e informação e é a estes que cabe, em articulação com as unidades de saúde, assegurar "aos alunos o acesso aos meios contraceptivos adequados".


(In Sapo.pt)

quarta-feira, 3 de junho de 2009

PROJECTO DE AVALIAÇÃO EM REDE (PAR)

O projecto PAR é um projecto de uma rede de aprendentes no âmbito da auto-avaliação de escola. Assente numa lógica de habilitar os actores das escolas, o PAR tem como principal objectivo apoiar as equipas de auto-avaliação a desenvolver dispositivos úteis à construção e regulação das acções necessárias à melhoria da escola. No âmbito do PAR e sempre com o objectivo da partilha em rede, estão previstas actividades abertas, tais como, encontros temáticos com investigadores / especialistas.
2.º Encontro Temático

Abordagens Quantitativas e Qualitativas em Avaliação

sábado.27.06.09
Anfiteatro do Centro Multimedia
Instituto de Educação e Psicologia
Campus de Gualtar Universidade do Minho


Projecto de Avaliação em Rede


e-mail: proj.avaliacao.em.rede@gmail.com
url: http://sites.google.com/site/parencontrostematicos

segunda-feira, 1 de junho de 2009

AVALIADORES SÓ COM ESPECIALIZAÇÃO


A senhora Ministra da Educação tem afirmado em diversas ocasiões que os professores sabem avaliar o desempenho docente. E isto porque avaliam os seus alunos e, portanto, sabem como a avaliação se processa; porque estão na escola e, portanto, têm conhecimento do ethos em que a avaliação ocorre; porque desenvolvem estratégias e instrumentos para concretizar as directrizes da tutela e, portanto, são parte activa na construção do modelo de avaliação; etc.
Ora, não é preciso ser-se muito entendido em matéria de pedagogia para se perceber que avaliar os professores não é a mesma coisa que avaliar os alunos, que a avaliação colegial pode ser (e geralmente é) uma enorme dor de cabeça, que as estratégias e instrumentos de avaliação requerem um referencial que não pode derivar apenas e só do entendimento de cada escola…
Parece que o Conselho Científico para a Avaliação dos Professores, depois de investigar, se pronunciou sobre o assunto. O seu presidente, Alexandre Ventura salientou ao Diário de Notícias que, entre vários problemas, muitos professores “alegam falta de experiência, pouco à vontade para apreciar o trabalho dos seus pares, que se reflecte no receio de que isso afecte o relacionamento interpessoal, ou falta de perfil” e que “alguns avaliados não reconhecerem competências pedagógicas aos avaliadores”.
Aqui ocorre-me uma pergunta: estes dados não seriam de prever? Mesmo sem investigação no contexto português, temos investigação suficiente que permite evitar o que aqui se refere.Esta pergunta sugere-me outra: a lógica não deveria ter sido: investigação, formação e aplicação, uma coisa depois da outra, em vez de aplicação, investigação enquanto se aplica, e formação depois e durante a aplicação?Só mais uma nota: recomenda este Conselho que os professores avaliadores façam formação em instituição de ensino superior, sendo que as acções de “algumas dezenas de horas não são suficientes para dotar os avaliadores das competências necessárias”.

Quem se pode opor a tal proposta? É claro que os professores, a terem de avaliar, devem saber o que fazer e como fazer, mas conseguirão arranjar tempo para mais esta formação, que se quer de médio ou longo duração?

Se conseguirem, até poderão ficar aptos para avaliar o ensino e para serem avaliados, mas como encontrarão disponibilidade e calma para concretizar a sua principal tarefa, que é, lembremos: preparar o ensino, ensinar e avaliar os alunos?

Helena Damião
Consultora do CFIAP