quarta-feira, 24 de outubro de 2012

COLÓQUIO


     Cada vez mais é preciso olhar a educação como um fenómeno complexo que não deve ser alvo de tomadas de posição precipitadas decorrentes de opiniões apressadas e pouco fundamentadas. Se todos são chamados a refletir sobre a educação isso deve implicar que todos devem procurar obter o conhecimento necessário à fundamentação das posições que vão assumindo. Mais do que produzir verdades inabaláveis interessa produzir e buscar conhecimentos capazes de propiciarem novos olhares sobre a realidade educativa que condiciona e determina aquilo que somos. É isso que pretendemos com este colóquio já que ele decorre do propósito de difundir conhecimento produzido por investigadores variados e com interesses diversificados no âmbito da educação. 

    Tal como indica o título do colóquio, queremos olhar para o passado e para o presente da educação e cruzar conhecimentos provenientes de estudos realizados por portugueses e brasileiros de modo a que potenciemos a nossa capacidade de análise a partir do conhecimento produzido por distintas abordagens. Sendo uma iniciativa do GRUPOEDE, ela traduz, de algum modo, o espírito deste grupo de investigação, ao abrir-se a um diálogo sem complexos entre pessoas tão empenhadas na valorização da educação quanto crentes na necessidade de dignificar a discussão sobre a mesma. 

    Nesse sentido pretendemos que este evento se insira na busca de uma reflexão serena sobre aspetos diversificados da educação, tendo em vista fomentar uma cultura pedagógica que contribua para o desenvolvimento de uma visão educativa mais estratégica e adequada a uma sociedade mais implicada numa cidadania que acentue a responsabilidade dos cidadãos perante as consequências da sua ação.

Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação
Universidade de Coimbra
31 de Outubro de 2012



domingo, 14 de outubro de 2012

OS MELHORES DE AMANHÃ




"As crianças finlandesas de hoje estarão entre os profissionais mais bem preparados do mundo de amanhã". Assim começa uma recente notícia on-line em língua espanhola que sistematiza muito claramente os "ingredientes" do "milagre educativo" que tem acontecido no país nórdico cujos resultados obtidos no Programa Internacional de Avaliação dos Alunos (PISA) têm sido objecto de admiração mundial.

O "milagre" de milagre nada tem: muito "simplesmente", a Finlândia percebeu que deveria usar o pensamento e a investigação pedagógica disponível.

Tem uma clara filosofia de base para a educação formal, valoriza o conhecimento e, de modo consonante, adota medidas de teor prático. E, por esta ordem, pois os responsáveis pela educação deste país perceberam que não é pelas medidas que se começa, mas pela definição de princípios norteadores.

A filosofia educativa, com a qual se pode ou não concordar, traduz-se em duas ideias: (1) nenhum aluno pode ser deixado para trás, devendo fazer-se tudo o que é possível de maneira que todos aprendam o mais possível; (2) a educação é fundamental para o bem-estar social e para o desenvolvimento do país.

Para cumprir estas duas ideias, entendeu-se que o conhecimento científico e técnico, artístico, humanístico... (a que se atribui valor) deve ser veiculado pela escola ou aí trabalhado.

As medidas, muitas delas decorrentes de dados da investigação pedagógica digna de crédito, surgem de seguida: (1) havendo processos maturacionais a considerar na aprendizagem, começar muito cedo a escolaridade não constitui qualquer vantagem; (2) a aprendizagem requer um ambiente escolar acolhedor e seguro sob o ponto de vista afetivo, pelo que o mesmo professor acompanha os alunos ao longo dos primeiros seis anos de escolaridade; (3) a quantidade de tempo passado na escola não se traduz em resultados de aprendizagem, pelo que o tempo de trabalho é destinado a trabalho, ainda que deva ser agradável; (4) o ensino, constitui um fator determinante na aprendizagem, pelo que os professores são devidamente selecionados e preparados para serem excelentes; (5) a coerência educativa é levada a sério, pelo que a relação entre a escola, a família e a comunidade, mediada pelo conhecimento, é devidamente trabalhada.

É certo que as sociedades do Norte e do Sul da Europa têm características distintas, mas também é certo que há uma década e meia a escola finlandesa não era exatamente igual à de hoje. É uma escola que se tem construído com ponderação e com atenção ao saber das ciências da educação.

Helena Damião
(Consultora do CFIAP)

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

DIA INTERNACIONAL DO PROFESSOR


DIA INTERNACIONAL DO PROFESSOR
5 de Outubro

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

A AVALIAÇÃO DOS ALUNOS






Na próxima 4.ª feira, dia 10 de Outubro, pelas 17h00, a Fundação Francisco Manuel dos Santos promove, em parceria com a Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Coimbra, realiza uma conferência sobre a avaliação dos alunos

Essa conferência tem lugar no Auditório dessa Faculdade, e conta com a intervenção de três especialistas: Jeffrey Karpicke, Hélder Sousa e Leandro Almeida.

Mais informação aqui.
A conferência é gratuita, mediante inscrição prévia.