Maria de Lurdes Rodrigues admitiu que está disponível para alterar e até substituir o actual modelo de avaliação de professores, mas apenas no próximo ano lectivo e se o modelo for aplicado este ano. A ministra de Educação esteve hoje no Parlamento para um debate urgência pedido pelo Bloco de Esquerda.
"Uma vez iniciada este ano uma avaliação séria dos professores, estarei totalmente aberta à discussão de alterações a este modelo e até à sua substituição, mas em anos seguintes, não neste", afirmou Maria de Lurdes Rodrigues. Segundo a ministra da Educação, a suspensão do actual modelo, como pedem os sindicatos, significaria mais um ano com uma avaliação sem consequências, considerando que "só o conservadorismo, tanto à esquerda como à direita, ficaria contente com essa situação". "Estou completamente disponível para melhorar para o futuro, não para me resignar com uma situação em que não acredito", acrescentou.
Maria de Lurdes Rodrigues garantiu não ser "intransigente na defesa do modelo em vigor, mas apenas na defesa do princípio de uma avaliação séria e com consequências". "Não me peçam para aceitar um modelo que assenta na autoavaliação porque isso é apenas um modo disfarçado de nada propor", referiu. "Quem quiser conduzir essa movimentação de reacção à mudança saiba que tem em mim uma opositora determinada. Mas, todos os que quiserem avançar, ultrapassar os obstáculos, fazer e concretizar tem em mim uma aliada", sublinhou. "Contem comigo para melhorar sempre, não contem comigo para me resignar e deixar que tudo fique na mesma sobre uma aparência de grande mudança", declarou.
No final do debate, a ministra da Educação afirmou que: "O que ficou demonstrado é que não havia alternativas que possam ser discutidas realmente". Para Maria de Lurdes Rodrigues os sindicatos e a oposição criticam mas não apresentam soluções. "Uma coisa é falar em abstracto, de modelos credíveis de modelos justos, mas que nunca traduzem num papel, numa proposta concreta, nos seus objectivos, nos seus princípios, nos mecanismos da sua concretização para que possamos, com total transparência, perceber do que se está a falar". (...)
(In Portal do Cidadão)
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