domingo, 30 de janeiro de 2011

OBSERVAR AULAS: SIM, POIS, MAS COMO?



"Fui, ontem, ao final da tarde, estabelecer uma conversa com cerca de 20 professores em torno deste problema. A questão era: temos de observar colegas que conhecemos há muitos anos; possuímos pré-conceitos sobre as qualidades dos seus desempenhos; estamos inseguros e ansiosos; em alguns casos, até discordamos do modelo e do sistema onde somos obrigados a existir. Que fazer, nestas circunstâncias?
Elevar a auto-confiança; gerar dinâmicas de interacção; construir dispositivos de transparência, clareza, reconhecimento e autorização; clarificar as regras do jogo (de algum modo, democratizar o jogo); observar (ver, rever, reparar) de forma aberta e naturalista a aula; preencher a grelha depois de um registo narrativo dos factos, convocando o outro para uma leitura no espelho; cuidar da relação sujeito-objecto (sabendo que a realidade é em certa medida uma criação do observador; last not least, clarificar os referenciais pedagógicos que nos vão permitir ler os factos (conceito de docência, discência, relação pedagógica, etc...)
E é sempre reconfortante constatar que valeu a pena este esforço de sairmos do labirinto do sistema e ousarmos criar uma atitude e um jogo que somos autores. Porque, ao fim e ao cabo é isso que nos liberta e emancipa."
 
(In blog Terrear)

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

INAUGURAÇÃO DA "NOVA" SECUNDÁRIA MARQUES DE CASTILHO




A ministra da Educação, Isabel Alçada, anunciou hoje a inauguração de 21 escolas secundárias reabilitadas para o próximo sábado e que vai contar com a presença de "todo o governo".
Segundo a ministra, a reabilitação do parque escolar já levou à conclusão das obras em 74 escolas estando mais 81 adjudicadas. Este "grande esforço financeiro do governo", nas palavras de Isabel Alçada, tiveram um "efeito positivo na criação de emprego": mais de duas mil empresas estão envolvidas, tendo sido criados com este programa 7500 postos de trabalho.
O governo prevê um investimento no parque escolar de dois mil milhões de euros até ao fim deste ano.

(In Ionline)

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

ACORDO ORTOGRÁFICO




A Resolução do Conselho de Ministros n.º 8/2011. D.R. n.º 17, Série I de 25 de Janeiro determina a aplicação do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa no sistema educativo no ano lectivo de 2011-2012 e, a partir de 1 de Janeiro de 2012, ao Governo e a todos os serviços, organismos e entidades na dependência do Governo, bem como à publicação do Diário da República.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

O DIA MAIS DEPRIMENTE DO ANO


[W+D-d]TQ/MNa é a fórmula atribuída ao psicólogo Cliff Arnall, de um centro de investigação da Universidade de Cardiff, que utiliza factores como o clima (W=Weather), as dívidas (d=debt) ou o tempo passado desde o Natal (T=Time since Christmas) para determinar qual o dia mais deprimente do ano.
A "Blue Monday" foi mencionada pela primeira vez num comunicado de imprensa da agência de viagens Sky Travel, assinado por Cliff Arnall, e apesar de não ter cientificidade provada é um indicador muito citado na comunicação social britânica.
Cliff Arnall também costuma calcular o dia mais alegre do ano, que se verifica habitualmente no mês Junho.

(In Diário de Notícias)

domingo, 23 de janeiro de 2011

SERÁ QUE É CIBERDEPENDENTE?




São muito poucos os adultos que admitem ser dependentes de alguma actividade ou substância. Por isso é perfeitamente compreensível que tenha respondido à questão colocada no título da seguinte forma: "Eu, dependente? Não, de forma alguma." Geralmente a vontade incontrolável de ficar no computador a trocar mensagens, a jogar ou a navegar sem destino muito definido é designada como "vício" ou "mania" sem importância de maior. Actualmente, sabe-se que o uso da Internet pode causar dependência, o que significa que a net se pode tornar o centro da vida da pessoa, à volta da qual tudo gira. A satisfação de necessidades básicas, como comer e dormir, pode mesmo passar para segundo plano, até porque a perda da noção do tempo é muito frequente neste tipo de dependência.(...)

(In Educare.pt)

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

OLIMPÍADAS INTERNACIONAIS DE MATEMÁTICA


Google is making a €1 million gift to the International Mathematical Olympiad organization, which has been organizing the annual World Championship Mathematics Competition for High School Students.
The first IMO championship was held back in 1959, in Romania, with 7 countries participating. It has gradually expanded to over 100 countries from 5 continents.


terça-feira, 18 de janeiro de 2011

AUTONOMIA TAMBÉM SE APRENDE



O reforço da autonomia das escolas, pela sua dimensão organizacional, implica “mudanças culturais” profundas. Por isso, é preciso desenvolver uma pedagogia da autonomia, a todos os níveis, a começar na administração central e a acabar nas escolas (ou vice-versa). Na verdade a autonomia também se aprende e essa aprendizagem é o primeiro passo para ela se tornar uma necessidade. Daí que o processo de reforço da autonomia das escola para além de ter de introduzir alterações nas normas e nas estruturas, deva igualmente, e com maior acuidade, introduzir mudanças nas pessoas e na cultura das organizações em que trabalham. E aqui a formação tem um papel central.» (Barroso, 1997, p. 34).

 

BARROSO, João (1997). Autonomia e Gestão das Escolas. Lisboa: Ministério da Educação.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

NAVEGA EM SEGURANÇA



A Direcção Regional de Educação do Centro, em parceria com a Equipa de Recursos e Tecnologias na Escola/Plano Tecnológico da Educação (ERTE/PTE) levam a efeito a 2.ª edição do concurso “Gigabyte Seguro: Navega em segurança à tua maneira!”.
Nesta edição poderão participar todos os alunos do Ensino Básico e Secundário do país. O objectivo central é fomentar a discussão e implementação de práticas seguras na utilização da Internet, sensibilizando os alunos para os desafios e riscos inerentes à navegação na rede.
Os trabalhos deverão ser produzidos em formato de vídeo, apresentações e animações multimédia. Para cada escalão de participação serão atribuídos dois prémios.
A recepção das participações decorrerá até ao dia 24 de Março de 2011.

(In DREC)

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

JORNAL ESCOLAR "CATAVENTO"


Jornal Escolar do Agrupamento de Escolas de Aguada de Cima


terça-feira, 11 de janeiro de 2011

SE O DESPORTO ESCOLAR ACABAR




(...) Para António Palmeira, investigador da Universidade Lusófona, a supressão do Desporto Escolar teria consequências a longo prazo na saúde dos jovens. “Parece-me uma perspectiva muito economicista, de curto prazo. As pessoas que não fazem desporto nestas idades muito dificilmente o farão na idade adulta e 80 por cento dos que são obesos nesta altura serão obesos na idade adulta”, frisou.
Segundo as contas do especialista, duas sessões de Desporto Escolar por semana representam o consumo de mil calorias, o que corresponde a 30 mil calorias por ano. “Representam quatro quilos a mais no jovem se mantiver o mesmo regime alimentar num ano lectivo, só por não terem Desporto Escolar”, sintetiza António Palmeira.
Sem o Desporto Escolar, diz, “será difícil os alunos terem acesso de forma organizada à prática desportiva”. “O Desporto Escolar é uma oportunidade de os nossos jovens praticarem desporto da sua preferência sem ser tão sério como um clube federativo e com encargos reduzidos para as famílias”, explica. (...)

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

O MAL-ESTAR NA PROFISSÃO DOCENTE



A partir dos anos de 1970, a investigação do ensino começou a dar atenção especial à pessoa que o professor é, e ao contexto escolar em que ele está integrado. Isto para melhor se perceber o seu trabalho.
De entre as diversas linhas de estudo que se organizaram, uma das mais produtivas é a que se tem dedicado ao mal/bem-estar na profissão, sendo que a maior parte dos trabalhos publicados incidem no primeiro aspecto.
Em Portugal, nesta matéria, têm-se por incontornáveis os trabalhos de José Esteve, professor da Universidade de Málaga, onde se esclarece que o mal-estar docente é um conjunto de reacções dos professores à mudança social, as quais se traduzem no sentimento de desajustamento em relação à profissão e na impotência para a exercer de modo correcto.
As pesquisas de carácter empírico que realizou permitiram-lhe apurar dois grupos de factores que contribuem para a formação de tais reacções:
- factores de primeira ordem “que incidem directamente sobre a acção do professor na sala de aula, modificando as condições em que desempenha o seu trabalho” e
- factores de segunda ordem que se referem “às condições ambientais, ao contexto em se exerce a docência” e sobre os quais o professor não tem controlo directo.

Além disso, identificou várias fontes de mal estar:
1) aumento das exigências sobretudo devido ao desempenho de novas tarefas que não são acompanhadas pela formação adequada;
2) inibição educativa de outros agentes de socialização. Por exemplo, ensinar certas atitudes, que tradicionalmente eram da competência da família;
3) desenvolvimento de fontes de informação alternativas à escola, o que implica uma revisão do papel do professor;
4) ruptura do consenso social sobre o que deve ser a educação escolar: de um certo acordo tradicional passou-se para uma pluralidade de opiniões;
5) aumento das contradições no exercício da docência: o professor desempenha papéis que não são de fácil conciliação, por exemplo, prestar apoio afectivo e classificar;
6) mudanças de expectativas em relação ao sistema educativo: de um ensino de elite, baseado na selecção e competência passou-se para um ensino de massas mais incapaz de assegurar um trabalho adequado dos alunos;
7) modificação do apoio da sociedade ao sistema educativo: parece existir a ideia de que os professores são os únicos culpados do funcionamento escolar;
8) menor valorização social do professor, sendo o aspecto económico um revelador desta situação;
9) mudança dos conteúdos curriculares, devido ao extraordinário avanço das ciências e à transformação das exigências sociais;
10) escassez de recursos materiais e deficientes condições de trabalho;
11) mudança das relações professor-aluno: o grande número de alunos, as características particulares de alguns, a falta de autoridade do professor são exemplos de aspectos que contribuem para tal;
12) fragmentação do trabalho, dado que o professor é chamado a desempenhar múltiplas funções o que além de provocar dispersão é impeditivo de um desempenho adequado.
Batem certos, portanto, os resultados da investigação de Esteve com a espontaneidade patente no texto Querem que eu dê aulas!?

Referências:
ESTEVE, J. (1991). Mudanças sociais e função docente. A. NÓVOA (dir.) (1991). Profissão professor. Porto: Porto Editora, 93 e seg.
ESTEVE, J. (1992). O mal estar docente. Lisboa: Escher.

Helena Damião
(Consultora do CFIAP)

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

ACABA A ÁREA DE PROJECTO NO 12º ANO



O Conselho de Ministros aprovou hoje a eliminação da disciplina de Área de Projecto no 12º ano, a criação da disciplina de Formação Cívica no 10º ano, e a introdução do exame final nacional optativo de Filosofia no 12º.
A disciplina de Área de Projecto é assim eliminada, no 12º ano, da matriz dos cursos científico-humanísticos, aparentemente depois de que ter percebido que haveria benefício pedagógico suficiente em utilizar as chamadas "metodologias de projecto" em cada uma das disciplinas do currículo em vez de ter a Área de Projecto como disciplina autónoma, explica o Conselho de Ministros em comunicado.
Com o corte desta disciplina dá-se um passo na reorganização curricular do ensino secundário, que entre os seus objectivos pretende diminuir a carga horária lectiva semanal dos alunos do último ano deste grau de ensino e centrar a atenção na preparação dos exames nacionais.
É na área dos exames que está outra novidade hoje aprovada: a disciplina de Filosofia da componente de formação geral passa, no próximo ano lectivo, a ter também um exame final optativo - já aconteceu no passado e depois foi eliminado da lista das opções - que integrará o leque de opções para as provas de ingresso na universidade. Mantém-se o conjunto de quatro exames obrigatórios que os alunos têm que fazer para poderem concluir o ensino secundário nos cursos científico-humanísticos, que são os que dão acesso ao ensino superior.
Por último, o Conselho de Ministros decidiu criar a disciplina de Formação Cívica, para integrar o currículo do 10º ano, para reforçar a "formação nas áreas da educação para a cidadania, para a saúde e para a sexualidade".

(In Público.pt)

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

CLUBE DA MATEMÁTICA



segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

LINHA SOS PROFESSORES - INDISCIPLINA E AGRESSÃO




(...) Quando o problema se arrasta e perante a falta de soluções, muitos docentes recorrem à linha SOS Professores, da Associação Nacional de Professores. Nos últimos quatro anos, foram ali registados quase 400 pedidos de ajuda para situações de agressão e de indisciplina nas escolas. A maioria foi apresentada por docentes do sexo feminino entre os 40 e os 49 anos que leccionam o terceiro ciclo ou o ensino secundário na zona de Lisboa e já têm mais de 26 anos de serviço. Os dados foram recolhidos entre Setembro de 2006 e Junho de 2009 e no período de Outubro 2009 a Junho 2010, totalizando os 386 contactos com aquela Linha. A grande maioria das situações diz respeito à agressão verbal (43,6 por cento) seguindo- se as queixas de indisciplina (29,5 por cento), de agressão física (27,8 por cento) e de mau relacionamento (13,6 por cento).(...)