quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

CONFERÊNCIA INTERNACIONAL DE EDUCAÇÃO


Decorreu em Genève, na semana passada, o maior encontro mundial de educação, promovido pela UNESCO, dedicado ao tema "A educação para a inclusão: a via do futuro" .
Esteve patente em toda a conferência o receio de que a crise financeira mundial possa vir a afectar o investimento na educação. Nas conclusões insiste-se para que seja concedida a mais alta prioridade ao financiamento neste sector.

A educação é hoje em quase todo o mundo encarada como um Direito Humano fundamental e como alavanca da democracia e do desenvolvimento.
Na 4ª parte das conclusões-relativa aos professores e alunos- diz-se no ponto 16 que se deve reforçar o papel dos professores através de um esforço para melhorar o seu estatuto e as suas condições de trabalho, e da criação de mecanismos permitindo o recrutamento de candidatos válidos, e a fixação dos professores qualificados abertos às diferentes exigências em matéria de aprendizagem.

No ponto 17 relativo à formação de professores defende-se o desenvolvimento de competências e materiais apropriados para ensinar a grupos de alunos diferentes e para responder às diferentes necessidades de aprendizagem dos alunos ...
Debateu-se muito a necessidade de encarar a diversidade como um desafio.
Durante a Conferência insistiu-se sobre as ideias
i) de aliar qualidade na educação e equidade .
ii) de que o acesso generalizado à educação implica uma mudança de paradigma.

Considerou-se que a educação hoje deve ser orientada para as aprendizagens efectivamente realizadas e para os resultados, como estratégias decisivas para a inclusão.
Um número esteve na boca de numerosos participantes: os 75 milhões de crianças que não têm acesso à escola. O objectivo da Educação para Todos 2015, não parece poder vir a ser uma realidade. Prevê-se que nesse ano ainda existam cerca de 25 milhoes de crianças fora da escola.

Ana Maria Bettencourt, in Inquietações Pedagógicas

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