quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

FELIZ ANO NOVO


quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

FALHOU O ACORDO


O Ministério da Educação vai apresentar na próxima semana aos sindicatos dos professores uma nova proposta de revisão da carreira e do modelo de avaliação, depois de esta quarta-feira ter falhado mais uma ronda negocial.
A reunião de hoje deveria ter sido a última para encerrar o processo negocial sobre a revisão do estatuto da carreira docente e do modelo de avaliação, mas, uma vez mais, o Ministério de Isabel Alçada não conseguiu chegar a acordo com os sindicatos.

À saída de mais uma reunião, o secretário-geral da Fenprof, Mário Nogueira, anunciou que não houve acordo entre as duas partes e que aguarda a nova proposta ministerial. Na próxima quinta-feira, ocorrerá nova ronda negocial entre Ministério e representantes dos professores.

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DOCENTE


A proposta enviada hoje pelo Governo aos sindicatos estabelece que a progressão dependerá da fixação anual de vagas, às quais terão acesso garantido os avaliados com "Muito Bom" e "Excelente". Em 2010, o despacho governamental que fixar o número de vagas para a progressão nos 3º, 5º e 7º escalões vai assegurar "pelo menos" a subida de 80, 50 e 30 por cento, respectivamente, dos candidatos estimados a cada um dos escalões.

No entanto, os docentes avaliados com "Bom" mas que não tenham obtido vaga têm prioridade no ano seguinte, imediatamente a seguir aos avaliados com as notas mais altas. A observação de aulas é um dos requisitos para aceder aos 3º e 5º escalões, segundo a proposta do Ministério da Educação."O preenchimento de vagas far-se-á de acordo com uma lista graduada em função do resultado da avaliação do desempenho e demais elementos relevantes para a progressão", lê-se no documento. Quanto a bonificações, duas classificações consecutivas de "Excelente" ou "Excelente" e "Muito Bom" permitem uma bonificação de um ano no acesso ao escalão seguinte.

Duas notas "Muito Bom" seguidas permitem uma bonificação de seis meses. O Acordo de Princípios para a Revisão do Estatuto da Carreira Docente e do Modelo de Avaliação dos Professores consagra o fim da divisão da carreira em duas categorias hierarquizadas e a existência de dez escalões, com a permanência de quatro anos em cada um, à excepção do 5º, cuja duração será de dois anos. Ou seja, um professor poderá alcançar o topo da carreira ao fim de 34 anos, isto se não for alvo de qualquer bonificação. O Ministério da Educação mantém uma prova pública de ingresso na profissão, bem como um período probatório de um ano.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

FELIZ NATAL

FELIZ NATAL

São os votos da equipa do CFIAP
para todos os visitantes deste blog

NATAL COM HUMOR







quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

BOLO REI


terça-feira, 22 de dezembro de 2009

ACERCA DA REORGANIZAÇÃO CURRICULAR NO 3º CICLO


É quase certo que, num futuro muito próximo, o nosso Ensino Básico venha a sofrer mais uma reforma/reorganização curricular. Há escassos dias, o designado Conselho de Escolas avançou uma proposta e a própria ministra da Educação pronunciou-se publicamente sobre o assunto no Seminário O impacto das avaliações internacionais nos sistemas educativos, promovido pelo Conselho Nacional de Educação. A pergunta que, como sociedade, devemos fazer é se faz sentido avançar com uma reforma/ reorganização curricular para os três primeiros ciclos de escolaridade, tendo em conta que a que está em vigor foi publicada há menos de uma década, em 2001, e que só recentemente foram homologadas as reformulações dos programa de Matemática (2007) e de Português/Língua Portuguesa (2009)?

Penso que sim, que faz sentido, se tivermos em conta que o currículo vigente não tem produzido resultados académicos comparáveis ao de outros países ocidentais. Pelo contrário, os estudos de avaliação internacional e alguns de avaliação nacional dignos de crédito dão-nos a perceber um cenário cada vez mais preocupante, do qual o Ministério da Educação poderá estar consciente. E isto acontece apesar dos esforços que têm sido empreendidos ao nível da formação contínua de professores nas áreas consideradas críticas (Matemática, Língua Portuguesa e Ciências Experimentais) e dos novos programas, ao nível do Plano da Matemática (que inclui diversas vertentes), ao nível da introdução das Novas Tecnologias da Informação e da Comunicação nas escolas, ao nível da implementação de Áreas Curriculares não Disciplinares (como o Estudo Acompanhado, que procura desenvolver competências de aprendizagem autónoma) e de Actividades de Enriquecimento Curricular (como as de Apoio ao Estudo, destinada à realização trabalhos de casa e de consolidação das aprendizagens com acompanhamento), etc.

Contudo há uma questão incontornável, decorrente desta afirmação: em que aspectos se deve centrar essa reforma/reorganização? Do que li até ao momento os aspectos que a tutela se propõe alterar são os seguintes:

- Número de áreas curriculares para se conseguir uma maior articulação entre elas. Não percebi se essa alteração vai no sentido de introduzir novas áreas ou para reduzir as já existentes ou, ainda, para esbater fronteiras entre elas, como sugere o Conselho de Escolas.

- Número de horas lectivas. Não percebi se essa alteração vai no sentido de preencher mais o horário dos alunos ou de o reduzir; de estabelecer claramente tempos de trabalho e lúdicos, necessidade absoluta dado o conceito de "escola a tempo inteiro" que temos instalado.

- As competências básicas, que além de se centrarem na Leitura, Escrita, Matemática e Ciências, devem centrar-se também nas Tecnologias de Informação e Comunicação. Não percebi se essa alteração (que não é inovadora, uma vez que consta na anterior reorganização curricular e no Plano Tecnológico para a educação da anterior legislatura) continua a secundarizar os conteúdos.

- O estabelecimento de metas de competências para cada ano de escolaridade. E não apenas competências (gerais e transversais) para o Ensino Básico, e competências específicas de final de ciclo para cada área curricular disciplinar, como se preconiza no presente currículo.

Helena Damião
Consultora do CFIAP

MENOS DISCIPLINAS NO TERCEIRO CICLO



O 3.º ciclo do ensino básico terá um novo currículo já a partir do próximo ano lectivo, anunciou ontem a ministra da Educação, Isabel Alçada. O número de disciplinas vai ser diminuído, embora se mantenha a mesma carga horária. Deste modo, explicou Alçada, os alunos terão "mais tempo" para poderem trabalhar cada disciplina. Haverá "menos dispersão", acrescentou. Actualmente, os alunos do 3.º ciclo têm 13 disciplinas, várias delas correspondentes a áreas não curriculares.

"Se perguntarem aos alunos quantas cadeiras têm, muitos deles não saberão responder. E os pais também não", lembrou a ministra durante a sua primeira audição na Comissão de Educação da Assembleia da República. No conjunto, o que se tem proposto em termos de aprendizagens "não é, muitas vezes, compreendido por quem está nas escolas", frisou, defendendo que é necessário reanalisar a "articulação curricular" entre disciplinas, "tornar os programas mais claros" e adoptar instrumentos de avaliação que permitam aferir o "progresso das escolas, das turmas, de cada aluno".

Para esta reforma será essencial o estabelecimento de metas de aprendizagem por ano, que sejam tidas como exequíveis pelos alunos, disse. (...)

sábado, 19 de dezembro de 2009

INDISCIPLINA NA SALA DE AULA




Está nas mãos dos professores e da escola acabar com os casos de indisciplina. Ambos são responsáveis por boa parte dos maus comportamentos que os alunos têm dentro da sala de aula. Esta é uma das principais conclusões do estudo "A Indisciplina em Sala de Aula: Uma Abordagem Comportamental e Cognitiva", do coordenador do Instituto Superior de Ciências Educativas (ver em . Luís Picado, especialista em psicologia da educação, defende no seu ensaio que muitos dos problemas têm por base a incapacidade da classe docente de encontrar novos modelos de convivência escolar: "Os professores são os responsáveis pelos problemas de indisciplina em sala de aula, mas não são os culpados por todas as situações de indisciplina em sala de aula.

Pode parecer uma imagem demasiado forte, mas não me importo de a usar se isso contribuir para alertar para este fenómeno", esclarece o investigador e autor de vários estudos sobre psicologia escolar. Muitas das dificuldades que surgem na sala de aula relacionam-se directamente com a autoridade do professor e com a relação que mantém com o aluno. No estudo, Luís Picado alerta para o facto de boa parte dos conflitos resultar da incapacidade que o professor tem de ouvir os pontos de vista dos seus alunos. Definir um conceito de indisciplina que seja comum para todos os docentes é outro embaraço que propicia um terreno fértil para comportamentos problemáticos dos alunos. É essa falta de coerência, diz o psicólogo, que leva as crianças e os adolescentes a testarem diferentes comportamentos em cada sala de aula para ver os que são ou não tolerados. (...)

(In ionline)

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

ALTERAÇÕES NO ENSINO BÁSICO


O Ministério da Educação quer fazer alterações no plano de estudos do ensino básico e vai mexer no número de disciplinas para que haja uma maior articulação das áreas curriculares. O número de horas também vai sofrer mudanças, revelou a ministra Isabel Alçada na abertura do seminário O impacto das avaliações internacionais nos sistemas educativos, no Conselho Nacional de Educação (CNE), ontem, em Lisboa.
Isabel Alçada está preocupada com o trabalho na sala de aula. Além das competências básicas na área da leitura, escrita, Matemática e Ciências, também as Tecnologias de Informação e Comunicação são consideradas essenciais, avançou a ministra, acrescentando que a tutela está a dar grande atenção ao currículo, de maneira a resolver problemas e promover melhores resultados escolares.

Além do "ajustamento do plano de estudos" para o básico, outra das acções prioritárias é estabelecer metas de competências para cada ano de escolaridade - esta foi a primeira medida anunciada por Alçada. Esta é também uma das medidas que a maior parte dos países com bons resultados no estudo PISA (que avalia a literacia na língua materna, Matemática e Ciências dos alunos do 15 anos dos países da OCDE) já adoptou, revela o estudo Opções educativas sectoriais de alguns países integrados no PISA, coordenado por Glória Ramalho e encomendado pelo CNE, ontem apresentado. (...)

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

POR ONDE ANDA O ACORDO ORTOGRÁFICO?


A aplicação do acordo ortográfico nas escolas não vai entrar em vigor no próximo ano, anunciou a ministra da Educação Isabel Alçada, esta manhã, no final da abertura do seminário “O Impacto das Avaliações Internacionais nos Sistemas Educativos”, no Conselho Nacional de Educação, em Lisboa.

“Estamos a definir a estratégia mas ainda não estão definidas metas. Não é no próximo ano ainda, [porque] temos que fazer todo um trabalho com os diferentes parceiros para definir a forma como o acordo ortográfico será introduzido.”, disse à margem da conferência. Isabel Alçada assegura que “não é complicado” aplicar o acordo nas escolas. (...)


segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

PRÉMIOS FINANCEIROS PARA OS PROFESSORES?


Espero que o leitor não me interprete mal quando afirmo que o investimento no ensino e na aprendizagem não pode ser apresentado como estando directa e linearmente dependente de “incentivos financeiros”. Obviamente, não defendo o empobrecimento dos professores, defesa que se fez em tempos que se esperam passados, sob o pretexto destes, por terem sido alvo de um “chamamento interior”, decidirem dedicar-se a uma missão, mais do que a uma profissão. Obviamente, também não defendo que devam ser retiradas todas as bolsas de estudo aos alunos, pois sem elas continua a ser impossível a muito estudarem.

O que defendo é que os “incentivos financeiros” não podem ser apresentados como condição necessária e suficiente para ensinar e para aprender, pois entendo que estas duas actividades têm valor em si mesmas, e é esse valor que devemos fazer depender de outra coisa qualquer. Sabemos que o ensino e a aprendizagem não acontecem no vazio, que estão relacionadas com as circunstâncias em que ocorrem, e sabemos também que as circunstâncias lhes podem ser favoráveis ou desfavoráveis, mas, ainda assim, não podemos confundir a essência do ensino e da aprendizagem com as suas circunstâncias.

O que nos diz a pedagogia sobre o assunto, no que respeita ao ensino?
Nesta área disciplinar fizeram-se investigações sobre as principais preocupações dos professores?
Se sim, as preocupações com os “incentivos financeiros” são as mais evidenciadas?

A resposta é a seguinte: dispomos de muitas investigações sobre o assunto, realizadas em diversos países, desde os anos de 1960 até ao presente. Os resultados de estudos de revisão dessas investigações, indicam que as preocupações dos professores se situam em aspectos como: indisciplina na turma, motivar os alunos para aprender, lidar com alunos que manifestam diferenças individuais (de aprendizagem, culturais,...); planificar e implementar o trabalho em sala de aula; estabelecer comunicação com pais; sobrecarga do trabalho administrativo; dificuldade de aplicar as orientações curriculares e outras da tutela, dada a sua frequente mudança e inadequação.

Ou seja, parece que as grandes preocupações dos professores se centram no seu trabalho, que é ensinar. Mais concretamente, parecem estar preocupados em fazer bem esse trabalho e referem preocupar-se com os impedimentos que encontram no caminho para chegar a esse fim.

Helena Damião
Consultora do CFIAP


domingo, 13 de dezembro de 2009

SABER E PODER


A teorização do sociólogo e antropólogo suíço Philippe Perrenoud (ao lado) constitui um dos principais pilares de reformas curriculares que se têm realizado em vários países e que assentam na noção de competência de pendor construtivista (a qual deve ser distinguida da noção de competência de cariz cognitivista).

Entendem muitos que esta noção mantém uma relação enigmática com a de saber, entendido no sentido académico, o saber que as sociedades, de modo geral, têm solicitado à escola para transmitir, ainda que ele "circule" em vários dos seus sectores e instituições.

De facto, mesmo que o referido professor de Genebra afirme que "construir competências não é voltar as costas aos saberes", que as competências requerem saberes, os saberes a que se refere não se restringem ao que acabei de aludir, podendo ser: (1) saberes do senso comum, decorrentes do processo de socialização; (2) saberes subjectivos, como resultado das experiências pessoais; (3) saberes profissionais, que se reúnem ao longo da vida; e (4) saberes científicos, que requerem uma formação longa.

É precisamente em relação a estes últimos que os reparos críticos deste e de outros teóricos se têm concentrado, tanto no que respeita ao seu sentido na relação professor - alunos, como no modo de os tratar em contexto escolar. Sentido e modo que se acusa de derivarem de um exercício de poder e de, em consequência não permitiram a autonomia nem dos que ensinam, nem dos que aprendem...O texto que se segue, ilustra esta ideia:“Na escola, aprendemos que o saber é um recurso para exercer o poder, para «tapar a boca ao outro», para dizer «é assim porque eu sei». A assimetria da relação entre o professor e o aluno condena este último, durante nove ou quinze anos de vida, a ficar privado de falar diante de alguém que fala «porque sabe».

Na escola obrigatória, somos constantemente colocados numa situação de violência simbólica em que o conhecimento nos é apresentado como finito, seguro, incontestável e exterior. O estatuto de construtor do saber é, em larga medida, negado ao aluno, de quem se espera no fim da cadeia da transposição didáctica que seja, preferencialmente, um consumidor deferente do saber. Nesta cadeia, os professores, colocados entre o saber erudito e a transposição didáctica realizada pelos especialistas, também não são mais autónomos que os seus alunos (…) tem, também eles, muitas vezes uma relação deferente com o saber. Este é um dos problemas da formação dos professores e da sua relação com as novas pedagogias (…).

Carente de formação epistemológica e do domínio dos modos de produção do saber erudito, o professor reporta-se a um estado condensado, sacralizado, da teoria (…). Na escola, em todas as disciplinas, esta relação respeitosa com o saber pesa terrivelmente sobre a comunicação, o estatuto do erro, da hipótese, do ensaio, da alternativa. Quando incide sobre o conhecimento, a comunicação escolar dá, muitas vezes, razão àquele que revela e reverencia o dogma. Na conversa de café, cada um pode dizer o que quiser, expondo-se à crítica, mas entre iguais. Na escola, dá-se o inverso: existe uma autoridade que detém o conhecimento e julga, de maneira soberana, a forma e o conteúdo das opiniões de todos (…). Na verdade, as novas didácticas dão um estatuto mais positivo ao erro e, nesse sentido, transformam o contrato didáctico. Mas já alguma vez medimos a revolução coperniciana que isso representa quanto à relação com o saber? Na escola teremos realmente liberdade de reflectir em voz alta?"

Ph. Perrenoud, 1995, p. 182.


Helena Damião
Consultora do CFIAP

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

DEBATE SOBRE O ENSINO NA UC


A Universidade de Coimbra (UC) está a desafiar docentes, funcionários e alunos a pronunciarem-se sobre o futuro da instituição. Hoje foi apresentado no Senado da UC um documento proposto pela Comissão de Reestruturação dos Saberes que pretende lançar "um debate aberto e profundo" em torno de várias questões que podem passar, por exemplo, pela fusão de faculdades ou pela aposta em novas áreas de ensino.
O documento não avança com propostas nem soluções, apenas elenca um conjunto de situações sobre as quais gostaria que a comunidade universitária reflectisse. A ideia é haver debates em cada faculdade e, até 15 de Fevereiro, enviar as propostas para um email criado para o efeito. O coordenador da comissão, João Carlos Marques, acredita que é a primeira vez que se faz um debate de forma "tão alargada" na universidade. "Esta é a fase em que queremos pôr as pessoas a pensar.

Os contributos recolhidos irão ser trabalhados, dando origem a uma segunda fase, que ficará concluída até ao final do ano com a produção de um documento com recomendações e propostas concretas", adianta o professor de biologia. Algumas das questões, para já, identificadas, prendem-se com a necessidade de articular os saberes tradicionais e os emergentes e estabelecer uma ligação eficaz entre ensino e investigação. A comissão detectou também uma certa "fragmentação" dos saberes: "Encontramos dispersão das ciências sociais, do ensino das artes, das ciências da saúde.

Há também uma necessidade de promover mais a interdisciplinaridade e a transdisciplinaridade. Depois, há o aspecto orgânico e administrativo em que isto acabará por se reflectir", nota.Uma das áreas contempladas no documento diz respeito às ciências da saúde. É pedido à comunidade universitária que reflicta sobre a possibilidade de unir várias faculdades numa grande unidade de ciências da saúde ou mantê-las como estruturas específicas. Cabem nesta área a Medicina e a Farmácia, a Psicologia e Ciências da Educação, as Ciências do Desporto e Educação Física e ainda áreas da Biologia, da Economia da Saúde e da Bioética.


terça-feira, 8 de dezembro de 2009

PRÉMIOS MOTIVAM OS PROFESSORES


Organização internacional comparou sistemas de vários países e considera que atribuição de recompensas, nomeadamente de natureza pecuniária, é uma forma eficaz de motivar os professores e melhorar a qualidade do ensino em geral
Formas "eficazes de avaliar e recompensar os professores", nomeadamente através de prémios monetários, "podem ajudar a atrair e conservar pessoal docente de alta qualidade".
A conclusão é da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), que não deixa de avisar que "nenhum modelo se aplica a todos os países", e que o sucesso destes programas depende sempre da consulta adequada dos parceiros, incluindo os professores e os sindicatos.

A publicação, intitulada Avaliando e recompensando a qualidade dos professores, foi produzida ao abrigo de um protocolo entre a OCDE e o México para melhorar a qualidade do ensino neste país. Inclui referências a cerca de duas dezenas de países, dando ênfase aos que implementaram sistemas baseados na recompensa dos melhores desempenhos, regra geral envolvendo prémios financeiros. (...)



domingo, 6 de dezembro de 2009

CADA ESPÉCIE TEM O SEU...


EXCESSO DE VAIDADE



Escolher o melhor vestido do armário, passar batôn nos lábios, esticar e ondular as pestanas com rímel, pintar as unhas, esticar o cabelo com chapas de alisamento ou colocar os pés em cima de uns saltos altos não são comportamentos a estranhar entre as mulheres. Mas os especialistas chamam a atenção para as novas adeptas destes rituais de beleza: há cada vez mais crianças a repetirem as rotinas de estética das mulheres adultas. (...)

A vaidade em dose certa na infância "é saudável e recomenda-se", brinca a psicóloga infantil Rita Jonet. "É bom que uma criança goste de si e se cuide." Mas se a vaidade se transforma num exagero há mais riscos para o seu desenvolvimento equilibrado. Rita Jonet exemplifica com um conto infantil de Sophia de Mello Breyner: "Se o valor da imagem começa a ser exagerado, a história passa a ser como a da Fada Oriana, que deixa de cuidar da sua floresta porque fica encantada com a sua imagem no lago." (...)

Os especialistas não têm dúvidas: para um desenvolvimento saudável as crianças não devem crescer antes de tempo. Vaidade a mais pode esvaziar a infância e transformar essas crianças em adultos fúteis e anti-sociais, pessoas que, para o pediatra Mário Cordeiro, "cultivarão as aparências e o faz de conta, para lá da idade em que é lícito fazerem-no. Além de superficiais, podem tornar-se muito agressivas". O jogo da vaidade "é perigoso e não compensa", diz Eduardo Sá. Essas crianças terão maiores probabilidades de se tornarem "adultos avessos e solitários". A menos que a criança seja muito resiliente, o mais comum é ficar "muito virada para dentro".

(In Jornal I)

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

GRAVES DEFICIÊNCIAS NAS COMPETÊNCIAS DOS PORTUGUESES




Somente um em cada cinco portugueses possui nível médio de literacia. O que causa prejuízos directos no potencial de desenvolvimento do país. As conclusões constam de um estudo apresentado na Gulbenkian.
Segundo o relatório realizado pela Data Angel, a pedido dos coordenadores do Plano Nacional de Leitura (PNL) e apresentado ontem na Gulbenkian, apenas um em cada cinco portugueses possui o nível médio de literacia. Na Suécia, a correspondência é de quatro em cada cinco suecos.

Literacia é a capacidade de ler e compreender o que se lê para resolver problemas concretos. Esta aptidão em Portugal, refere o relatório, é muito baixa. "Portugal apresenta os níveis mais baixos de competências de literacia de entre todos os países observados", referiu o coordenador do projecto, Scott Murray.
"O conhecimento e as competências das pessoas, quando postos aos serviço da produção, são um forte motor do crescimento económico e do desenvolvimento social". Mas, segundo os dados disponíveis para Portugal, a literacia tem no nosso país "um valor económico reduzido no mercado de trabalho". (...)



quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

ACORDO ORTOGRÁFICO


O Acordo Ortográfico vai ser aplicado de uma forma «serena» e a sociedade será informada sobre todo o processo, afirmou esta quarta-feira a ministra da Educação, citada pela Lusa.
Isabel Alçada falava aos jornalistas à margem da apresentação do estudo «A Dimensão Económica da Literacia em Portugal: uma Análise», que hoje decorreu em Lisboa.

«O Acordo Ortográfico vai ser introduzido de uma forma serena, terá de haver uma adaptação dos livros, dos recursos de educação», disse a governante.
«Haverá um acordo com calendário e a sociedade, professores, pais e crianças serão devidamente informados sobre todo o processo», esclareceu a ministra da Educação. (...)


terça-feira, 1 de dezembro de 2009

O TRATADO DE LISBOA




Quase dois anos depois de ter sido assinado na capital portuguesa pelos 27, o tratado reformador da União Europeia entra hoje em vigor.



As dez mudanças que este tratado vai trazer para Portugal:



O direito de petição
A perda de peso nas votações do Conselho
A manutenção do comissário português
Maior fiscalização por parte da Assembleia
A perda de liderança nas presidências da UE
A hipótese de sair da União Europeia
O respeito pelos direitos fundamentais
Integrar uma Zona Euro com mais peso
Menos eurodeputados mas com mais poder
Ajudar e ser ajudado em caso de catástrofe




DIA MUNDIAL DA SIDA


O Dia Mundial da Sida assinala-se hoje em Portugal com várias iniciativas para lembrar uma doença que, desde 1983, já infectou quase 35 mil pessoas no país e matou cerca de 25 milhões de pessoas em todo o mundo.

Este ano, o lema da data é o “Acesso Universal e Direitos Humanos” e em Portugal o tema em discussão será o vírus da imunodeficiência humana (VIH) no local de trabalho. A Coordenação Nacional para a Infecção VIH/sida vai assinalar hoje a data com a realização da III reunião do Conselho Nacional para a Infecção VIH/sida, na sala do Tratado de Lisboa, no Pavilhão Atlântico.(...)

“A luta contra a SIDA é feita todos os dias há quase 20 anos pela LPCS, com acções de sensibilização e apoio aos doentes”, afirma a presidente da LPCS, Maria Eugénia Saraiva. A mesma responsável adianta que a venda de Natal é “uma acção muito importante para a instituição, porque permite angariar fundos que podem ser utilizados todo o ano”. Está também a decorrer, até ao dia 04 de Dezembro, o peditório nacional da Associação Abraço, com o tema “Um pequeno passo para si, uma grande ajuda para muitos”. A 31 de Dezembro de 2008, Portugal tinha 34 888 casos notificados, segundo o último relatório do Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge (INSA) sobre a situação epidemiológica da infecção VIH/Sida. O maior número de casos notificados é de utilizadores de drogas por via endovenosa, representando 42,5 por cento de todas as notificações, reflectindo a tendência inicial da epidemia no país. O número de casos associados à infecção por transmissão sexual (heterossexual) representa o segundo grupo, com 40 por cento dos registos e a transmissão sexual (homossexual masculina) apresenta 12,3 por cento dos casos. As restantes formas de transmissão correspondem a 5,2 por cento do total. Os casos notificados de infecção VIH/SIDA que referem como forma provável de infecção a transmissão sexual (heterossexual) apresentam uma tendência evolutiva crescente. Já o último relatório da ONUSida aponta que desde que surgiu a doença, morreram cerca de 25 milhões de pessoas e 60 milhões foram infectadas, mas, nos últimos oito anos, as novas infecções diminuíram 17 por cento.

(In Público.pt)