"A avaliação e o desenvolvimento profissional devem contribuir para um menor isolamento do professor e libertar mais tempo para reflectir sobre a acção, tanto fora como dentro da sala de aula. Um dos meios para obstar ao isolamento passa pelo encorajamento activo de amizades críticas que podem ser definidas como uma espécie de sociedades, nas quais se entra voluntariamente, baseadas numa relação entre iguais e enraizadas numa tarefa comum ou num interesse partilhado. Podem ser um meio para estabelecer laços com um ou mais colegas com vista a encarar em conjunto os processos de aprendizagem e mudança, de modo a que as ideias, percepções, valores e compreensões possam ser partilhados através das revelações mútuas de sentimentos, esperanças e receios. As amizades críticas podem servir para diminuir o isolamento e para aumentar as possibilidades de uma reflexão partilhada, confrontando o pensamento e a prática. (...)
Em termos da avaliação da prática na sala de aula, por exemplo, um amigo crítico pode estabelecer e manter um diálogo interessante e estimulante, através do qual serão criadas situações em que o professor será obrigado a reflectir sistematicamente sobre a prática. Quando os resultados deste tipo de interacção são positivos, os padrões de ensino tornam-se mais eficazes.(...)"
Christopher Day
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