quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

ESTUDO ARRASA MITOS DA MEDICINA


"São mitos que têm percorrido gerações e que muitos médicos transmitem aos seus pacientes, mas agora uma equipa de cientistas da Escola de Medicina da Universidade de Indiana, nos EUA, decidiu deitar por terra alguns destes, num estudo publicado no ‘British Medical Journal’:

- A equipa começou por analisar a ideia de que beber oito copos de água por dia é bom, uma recomendação ‘nascida’ em 1945. “Quando examinamos essa crença, vemos que não existem provas médicas que sugiram que uma pessoa necessita de tanta água”, afirmou Rachel Vreeman, participante no projecto. Os investigadores defendem que beber em excesso pode, pelo contrário, ser perigoso e conduzir à intoxicação ou inclusivamente à morte.

- Os cientistas também desmentem a crença de que os humanos só utilizam dez por cento do cérebro, ideia que entrou em circulação no longínquo ano de 1907. Segundo a equipa da Universidade de Indiana, scanners cerebrais demonstram que não há áreas do cérebro inactivas. Os estudos metabólicos sobre a forma como as células processam os químicos cerebrais indicaram que não existem partes deste órgão que não sejam operantes.

- No estudo é ainda posto em causa o mito de que as raparigas que iniciam a depilação das pernas muito cedo ficam com pêlos mais fortes, mais escuros e que crescem mais depressa. “Quando o pêlo aparece depois de ser rapado, cresce espetado. Com o tempo essa ponta desgasta-se e pode parecer mais grossa do que realmente é”, afirmam os investigadores.

- Outra ilusão óptica leva a crer que cabelos e unhas continuam a crescer nos mortos. Acontece que a pele se retrai em redor do cabelo e unhas, devido à desidratação dos cadáveres. O crescimento de unhas e cabelos requer uma complexa regulação hormonal, que não ocorre após a morte.

- Outras das conclusões do trabalho agora publicado referem que comer peru não provoca sonolência, que ler com pouca luz não provoca danos nos olhos e que os telemóveis não interferem com equipamento hospitalar."

(Edgar Nascimento in Correio da Manhã)

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