domingo, 27 de julho de 2008

FORD T FAZ 100 ANOS


Foi considerado o carro do século XX.
Título que ganhou pela inovação no modo de produção da época, por ter democratizado o uso do automóvel e por introduzir o chamado "salário da motivação".

Todos os trabalhadores da Ford recebiam em 1908 cinco dólares por dia, o que duplicou o salário pago na altura, em que a indústria automóvel estava a dar os primeiros passos. Durante décadas o Ford T foi considerado o carro mais massificado, título que perdeu, anos depois, para o VW Carocha. No global foram produzidos mais de 15 milhões de modelos, contra 25 milhões do rival alemão.
Para assinalar a passagem do centenário do modelo, a Ford organizou uma megaconcentração de Ford T em Richmond, terra-natal do carro, onde desfilaram durante a última semana mais de mil veículos de várias partes do mundo. Em Portugal, onde existem algumas centenas de Ford T, está prevista para Setembro uma concentração durante o rally de automóveis clássicos da Figueira da Foz. Aliás, Portugal foi um dos primeiros países a importar o modelo americano, estando patente no Museu do Caramulo um Ford T montado em 1909, ou seja um ano depois do seu lançamento.
Henry Ford ficou conhecido na história da indústria automóvel como o homem que produziu um carro ao alcance económico do americano comum. Ao desenvolver uma linha de produção em série, Ford revolucionou a indústria, que até então produzia o carro artesanalmente e individualmente. Em vez de o trabalhador ir até ao carro, passou o carro a ir ter com o trabalhador. Com este modelo de produção, reduziu o tempo de produção de 12 horas e meia para menos de seis horas. Este modo de produção ficou conhecido como fordismo.
Henry Ford introduziu também uma nova filosofia de trabalho, com a redução do dia de trabalho de nove para oito horas. No dia 1 de Outubro de 1908 era lançado o primeiro modelo Ford T, custando na altura 825 dólares, com a particularidade do preço baixar todos os anos. Por volta de 1918, metade dos carros na América eram Ford T.
A elevada produção alcançada teve como característica marcante a escolha de uma única cor, que era preta. Desta forma Henry Ford conseguia manter os níveis de produção, porque não havia diferenciação no processo de pintura. Existe uma frase famosa que Ford escreveu na sua autobiografia sobre a escolha da cor do Ford T: "O cliente pode ter o carro da cor que quiser, contando que seja preto."

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