terça-feira, 24 de novembro de 2009

FOI PUBLICADO HÁ 150 ANOS




Darwin, que se notabilizou pela sua teoria da evolução através da selecção natural, está "mais vivo do que nunca", afirmam diversos cientistas.
Essa é a convicção do biólogo Henrique Teotónio, para quem o naturalista inglês, nascido a 12 de Fevereiro de 1809, foi "uma das pessoas mais importantes na humanidade".
"Devemos-lhe a compreensão de como é que estamos no mundo e como é que os organismos se relacionam entre si", disse à Lusa o investigador, poucos dias antes do 200.º aniversário do nascimento de Darwin.

Para Carlos Fiolhais, professor de Física e director da Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra, "a herança de Darwin tem rendido juros, que se têm acumulado neste século e meio, e continua a render".
Na sua perspectiva, "a teoria da evolução é uma grande teoria unificadora na Biologia, que permite explicar de uma maneira bastante simples a variedade e complexidade do mundo vivo". (...)

O biólogo da Universidade de Coimbra defende que mesmo que a teoria de Darwin venha a ser superada por outra, mais abrangente ou explicativa - o que considera muito difícil - "não porá em causa o princípio da evolução, que está para além da teoria".

"O princípio da evolução é um facto a que assistimos todos os dias, basta pensarmos na evolução das bactérias, da sua resistência, aos antibióticos ou na recente notícia de uma variante do vírus H1N1 resistente ao Tamiflu", observou.
A teoria da evolução de Darwin "naturaliza o Homem, alterou a nossa visão da natureza, provocou uma extraordinária revolução científica", disse o director do Museu da Ciência da Universidade de Coimbra, sublinhando que o livro "A Origem das espécies" foi um best seller e que esgotou no primeiro dia.

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