(...) No século XXI, a escola tem de ser mais do que um armazém de estudantes enquanto os pais trabalham. Não deixa de ser curioso que os cookies do computador de um jovem saibam mais sobre os seus interesses do que os seus professores, ou mesmo os seus pais.
Por outro lado, a escola mantém os curricula do passado, deixando de fora as disciplinas do futuro como a nanotecnologia, a bioética, a genética e a neurociência. A aprendizagem destes temas inovadores e atractivos é feita fora da escola, de modo informal. Em síntese, a escola está virada para o passado e os jovens (nativos digitais) para o futuro.
Mas, como se pode alterar este paradigma? Prensky, defende a necessidade de ouvir os nativos digitais para identificar as competências necessárias para o século XXI. Para os nativos, as ferramentas tecnológicas são como extensões do seu cérebro que servem para comunicar, pesquisar, partilhar, trocar, criar, socializar, comprar e vender, programar e, obviamente, aprender.
A escola tem de integrar na aprendizagem as ferramentas tecnológicas que os estudantes utilizam diariamente e os educadores, na sua maioria imigrantes digitais, não podem continuar a decidir pelos estudantes. Se a situação se mantiver, a escola corre o risco de, a prazo, se limitar a administrar os edifícios escolares, em virtude dos estudantes estarem mentalmente ou fisicamente ausentes.
“Temos de preparar os jovens para enfrentar o futuro, não o passado” (A. Clark)
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