segunda-feira, 31 de agosto de 2009

LER +, AGIR CONTRA A GRIPE


No âmbito das acções de prevenção da gripe em meio escolar, a Direcção-Geral da Saúde, o Plano Nacional de Leitura, a Rede de Bibliotecas Escolares, a Direcção-Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular e a Direcção-Geral do Livro e das Bibliotecas desenvolveram o Projecto «Ler+, Agir contra a Gripe» que, no ano lectivo 2009/2010, irá impulsionar um conjunto de iniciativas relacionadas com a leitura e a escrita, contribuindo assim para melhorar os níveis de literacia em saúde e a prevenção das doenças transmissíveis, em especial da Gripe.

As actividades previstas propõem a adopção de comportamentos inteligentes, que dificultem a transmissão do vírus, através de medidas de protecção da saúde individual e da saúde da comunidade, com o reforço da importância da lavagem frequente das mãos e da protecção da boca e do nariz ao tossir ou espirrar, por forma a diminuir e atrasar o mais possível a propagação do vírus.


sexta-feira, 28 de agosto de 2009

H1N1: ESCOLAS COM LINHAS TELEFÓNICAS



O Ministério da Saúde e o Ministério da Educação vão dispor de linhas telefónicas para apoiar as escolas na tomada de decisões nos casos de crianças e jovens que apresentem sintomas de gripe A (H1N1), foi hoje, sexta-feira, anunciado pela tutela.

Estas linhas serão para utilização exclusiva dos directores das escolas e apenas nas situações em que estes não saibam o que fazer, comunicaram as ministras da Saúde e da Educação, em conferência de imprensa conjunta realizada hoje numa escola da Amadora, para anunciar medidas de contenção da gripe A nas escolas.
"No momento preciso que ocorram situações para as quais os directores das escolas não encontrem uma decisão fácil poderão contar com o apoio das estruturas dos Ministérios da Educação e da Saúde", que vão dispor de uma linha de telefone para ser usada exclusivamente pelos directores das escolas", garantiu a ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues. (...)

ESTA VIDA DE PROFESSOR...


Bernard Houot era um engenheiro bem sucedido, com um salário acima da média e várias outras regalias que não estão ao alcance dos professores. Porém, quando se encontrava na casa dos quarenta, resolveu mudar de profissão e ir… para o ensino.
A descoberta do modo como o sistema educativo e a escola funcionam e do modo como professores, alunos e pais convivem é relatado num livro intitulado Coeur de Prof, publicado em França, em 1991, e que a editora ASA traduziu para português dois anos mais tarde, designando-o por Esta vida de professor…
A escrita bem disposta e aparentemente leve de Houot remete-nos para questões sérias e profundas que permanecem actuais entre nós. Uma delas é a do sucesso/insucesso dos alunos, em relação à qual mais uma vez, por vias de notícias recentes, nos interrogamos neste tempo que ainda é de férias escolares.
De entre as várias passagens que remetem para o assunto escolhi a que se segue (páginas 90-92):“Sentimo-nos por vezes excedidos, como um médico de hospital, pela diversidade dos casos que se apresentam à consulta. Para recuperar a confiança, consolamo-nos com os sucessos da medicina. Porque não os terá também a pedagogia?
O nosso problema, infelizmente, não é tão simples como o de um médico. Antes de mais os pacientes não se apresentam à razão de trinta e cinco de cada vez. Embora cada um tenha as suas particularidades, temos de tratar todos os casos ao mesmo tempo. Além dos nove ou dez alunos muito lentos pelos quais simplificaríamos de boa vontade a matemática, há vinte alunos médios que parecem acompanhar muito bem e dois ou três cracks capazes de terminar uma demonstração antes de nós. Todos esperam com impaciência que nos ocupemos dos seus casos pessoais.
Um médico vulgar não hesita em mandar os seus pacientes para um especialista quando não tem a certeza do seu diagnóstico ou do tratamento a prescrever. Na educação não ocorreria a ninguém pensar que as nossas competências não são universais. Aí está outra diferença relativamente à profissão de médico: nós só podemos contar connosco para tratar seja o que for.
Esta última exigência parece-nos bastante normal no momento em que abordamos pela primeira vez a profissão de professor. Estamos convictos que sabemos obter bom aproveitamento de todos os alunos, sem excepção, graças apenas ao nosso trabalho (…).
E toca a meter mãos à obra, de fronte erguida. Quando os alunos começam a patinar tomamos a coisa como uma ofensa pessoal. Redobramos os esforços. Estamos persuadidos que os nossos fracassos se devem apenas à falta de tempo, de experiência ou de quantidade de trabalho. Somos obnubilados por um orgulhos insensato que nos remete a um trabalho solitário. Tentamos sempre fazer mais e melhor a ponto de arriscar uma depressão nervosa.
É preciso algum tempo e muita modéstia para finalmente reconhecer a evidência: há alunos que não conseguiremos salvar. A nossa incapacidade relativamente a eles nada tem a ver com falta de trabalho, de formação ou de experiência. Está antes ligada à nossa personalidade, ao nosso ritmo, aos nossos métodos, aos nosso defeitos e às nossas qualidades. Ou então relaciona-se com o meio e as condições em que temos de ensinar. Esses alunos não funcionam como nós. Eles não aderem à nossa pedagogia. Eles não têm a nossa maneira de abordar a questão. Ou então não entram nos moldes que lhes propõe o estabelecimento onde ensinamos (…).
Quando os alunos não têm sucesso, declara-se de bom grado que têm dificuldades. Poucas pessoas se iludem com sobre este eufemismo. São, antes de mais, os professores e os estabelecimentos que estão em dificuldades.Porque se atribui tão facilmente a responsabilidade pelo fracasso aos alunos e não ao sistema escolar? Será que os professores tiram daí alguma vantagem? Não creio. Embora a linguagem pareça desculpá-los, eles sabem que têm uma parte de responsabilidade (…). Muitos até se consideram mais culpados do que realmente são. Persuadidos de que só devem contar com eles próprios, vivem o sucesso ou fracasso dos seus alunos como uma coisa privada pessoal. Daí a sua vergonha em reconhecerem-se inaptos para tratar os casos de certos alunos, a sua hesitação em recorrer a outras pessoas, a sua recusa de alertar o estabelecimento quando se acham em dificuldades. Toda a declaração de impotência se lhe afigura uma espécie de demissão relativamente à elevada ideia que têm da sua responsabilidade.
Ninguém, no seio da Educação Nacional, irá dizer-lhe que devem preocupar-se unicamente, da forma mais séria e aberta possível, com o sucesso dos seus alunos e não pretenderem fazer tudo sozinhos. Ninguém os convida a advertir a direcção do seu estabelecimento, caso experimentem dificuldades".

Helena Damião
Consultora do CFIAP

terça-feira, 25 de agosto de 2009

12 ANOS DE ESCOLARIDADE OBRIGATÓRIA



O Presidente da República já promulgou o diploma que prevê o alargamento da escolaridade obrigatória para 12 anos, confirmou à Lusa fonte da Presidência da República. A proposta de lei do Governo - que foi aprovada a 10 de Julho com os votos favoráveis do PS, PCP, BE e PEV e a abstenção do PSD e do CDS-PP - estabelece o regime da escolaridade obrigatória para as crianças e jovens em idade escolar e consagra a "universalidade da educação pré-escolar para as crianças a partir de cinco anos". (...)
(In Público.pt)

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

OS SIMPSONS EM ANGOLA


A agência publicitária encarregada de promover a chegada da série de animação "Os Simpsons" a Angola transformou a famosa família amarela num clã tipicamente angolano. A mudança limita-se à promoção do formato.
A imensa cabeleira azul de Marge é agora uma enorme 'afro'; Lisa e Maggie fizeram rastas; Bart tem uma carapinha bem alisada e Homer já não bebe uma cerveja Duff, antes uma Cuca angolana. Mas a diferença mais notória da família de Springfield à chegada a Luanda é mesmo a cor da pele - "Os Simpsons", bonecos famosos também por serem todos amarelos, surgem agora castanhos.


O director criativo da agência publicitária, António Páscoa, explica, à Reuters, que o objectivo era "adaptar a paródia satírica da típica família de classe média norte-americana para Angola". Sobre as críticas que entretanto se levantaram, o responsável pelo Luanda Executive Center responde de forma directa: "Se as pessoas não gostarem, então julgo que não têm um sentido de humor grande o suficiente para gostar de ver 'Os Simpsons'". (...)

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

PROVA DE ACESSO À CATEGORIA DE TITULAR



O trabalho, a ser entregue em formato electrónico através da aplicação informática disponibilizada na página da Direcção-Geral Dos Recursos Humanos da Educação, deve versar sobre a experiência do quotidiano escolar no exercício de funções docentes e obedecer às seguintes regras:

Ter o máximo de 40 páginas em formato A4, incluindo anexos;
Conter o espaçamento entre linhas de um espaço e meio;
Ser redigido no tamanho do tipo de letra 12;
Configuração das páginas: cabeçalho - 4,5 cm, margens - 3 cm e rodapé - 3 cm.
Para mais informações, consultar:
Despacho n.º 19255/2009

terça-feira, 18 de agosto de 2009


O Presidente da República, Cavaco Silva, promulgou o diploma que estabelece a manutenção do regime simplificado da avaliação de desempenho dos professores no próximo ano lectivo, anunciou hoje o Ministério da Educação (ME).
Num curto comunicado, o gabinete da ministra Maria de Lurdes Rodrigues adianta que o diploma aguarda publicação em Diário da República, enquanto fonte do Palácio de Belém acrescentou à Lusa que a promulgação aconteceu "nos últimos dias".
O Governo anunciou a 16 de Julho a prorrogação do regime simplificado da avaliação docente em moldes idênticos ao aplicado este ano lectivo, pelo que os professores serão avaliados tendo em conta a assiduidade, formação contínua, cumprimento do serviço distribuído e participação nas actividades e projectos da escola.

A observação de aulas (avaliação da componente cientifico-pedagógica) permanecerá facultativa, excepto no caso dos docentes que queiram aceder às classificações mais elevadas - "muito bom" e "excelente" -, que permitem uma progressão mais rápida na carreira.
De fora vai continuar o parâmetro dos resultados escolares dos alunos. (...)


PROVA PÚBLICA DE ACESSO À CATEGORIA DE TITULAR



A admissão a concurso para acesso à categoria de professor titular depende de prévia aprovação em prova pública, nos termos do previsto no Decreto-Lei n.º 104/2008, de 24 de Junho, que incide sobre a actividade profissional desenvolvida pelo docente.

A partir de hoje, estará disponível a aplicação electrónica para Candidatura, upload do trabalho e Validação de candidaturas à prova pública, na página da DGRHE em www.dgrhe.min-edu.pt.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

ALTERAÇÕES À PROVA DE INGRESSO NA CARREIRA DOCENTE


O Conselho de Ministros aprovou um diploma que procede a alterações no regime da prova de avaliação de conhecimentos e de competências, prevista no Estatuto da Carreira Docente, para o ingresso ou exercício de funções docentes.

Este decreto regulamentar visa a simplificação do regime da prova - agora designada por prova de avaliação de competências e de conhecimentos -, estabelecendo as condições de realização da mesma e clarificando as situações de dispensa.
Assim, prevê-se a existência de uma prova geral obrigatória, com periodicidade anual, comum a todos os candidatos, como forma de verificar a sua capacidade de mobilizar o raciocínio lógico e crítico, bem como a sua preparação para resolver problemas em domínios não disciplinares.
Para além desta componente comum da prova, poderá ainda realizar-se uma componente específica, que pode ser escrita e/ou oral ou prática, visando avaliar competências e conhecimentos de ordem científica e tecnológica, adequados às exigências dos respectivos níveis de ensino, área disciplinar ou grupo de recrutamento.(...)


Requisitos para a dispensa da realização da prova de avaliação de conhecimentos e de competências

De acordo com estas regras, estão dispensados da realização da prova os candidatos que cumpram cumulativamente os seguintes requisitos:
Contem pelo menos quatro anos completos de exercícios docentes;
Desses quatros anos, um tenha sido prestado nos quatro anos escolares anteriores ao da realização da primeira prova;
Tenham obtido avaliação de desempenho igual ou superior a Bom.

Independentemente destes requisitos, são dispensados da realização da prova os candidatos que tenham obtido avaliação de desempenho igual ou superior a Muito Bom em data anterior à realização da primeira prova.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

FÉRIAS...


terça-feira, 4 de agosto de 2009

PEQUENOS ERROS...








segunda-feira, 3 de agosto de 2009

EQUIPARAÇÃO A BOLSEIRO


A partir do ano lectivo 2010/2011 só podem ter equiparação a bolseiro os professores com uma avaliação de desempenho igual ou superior a «Bom», segundo uma portaria publicada hoje em Diário da República.

São ainda requisitos para equiparação a bolseiro ser detentor de um lugar do quadro, possuir cinco anos de tempo de serviço ininterrupto no exercício de funções docentes e encontrar-se em exercício efectivo de funções docentes em algum estabelecimento de educação ou de ensino público na dependência do Ministério da Educação.
Segundo a portaria, assinada pelo secretário de Estado da Educação, Valter Lemos, a equiparação a bolseiro pode ser concedida em regime de dispensa de serviço a tempo inteiro ou com redução de 50 por cento do horário semanal do docente ou em regime de dispensa de serviço com vencimento ou sem vencimento.

domingo, 2 de agosto de 2009

PLÁGIO, ENCOMENDA E QUALQUER COISA ...



Toda a gente sabe, toda a gente concede, toda a gente encolhe os ombros. Refiro-me (mais uma vez) ao assunto do post anterior, a que o De Rerum Natura tem dado destaque: o plágio e a encomenda de trabalhos académicos do ensino superior para unidades curriculares (assim se chamam agora as disciplinas), estágios, mestrados, doutoramentos. Não menos grave é a apresentação de “qualquer coisa” devidamente encadernada, que se faz passar por obra substancial. Sem enveredar pela via da desculpa ou da relativização (já aqui dei a entender quão grave e intolerável acho o assunto) não posso deixar de tentar perceber as razões daquilo de que me apercebo no meu quotidiano na universidade e que colegas me contam, nem daquilo que leio nos jornais.

Junto essas razões na seguinte lista:

- Os prazos são cada vez mais apertados porque é pedido às escolas, quais fábricas que trabalham por encomendas, que respondam às necessidades de produção de diplomados do 1.º, do 2.º e do 3.º ciclos, e nas quantidades estabelecidas;

- Desvalorizados que estão os exames, os alunos são postos a fazer trabalhos em todas, ou quase todas, as unidades curriculares, as quais aumentaram significativamente nos últimos anos, uma vez que cada uma dos planos de estudos anteriores pulverizou-se em duas ou três, quando não quatro. Bem vistas as coisas, tal como no ensino básico, os cursos do ensino superior têm um currículo impossível, ao ponto de os alunos muitas vezes não saberem o nome das unidades curriculares que frequentam, muito menos daquelas que passaram e das que se seguem.

- Os professores que orientam os trabalhos têm inúmeras tarefas atribuídas: além da leccionação de aulas e seminários de várias unidades curriculares (longe vão os tempos em que se dedicavam a uma ou duas onde, se não eram, deviam ser especialistas) têm uma carga burocrática de funcionário público, compete-lhe a orientação tutorial, o esforço de internacionalização, a ligação à necessidades da comunidade, a investigação em equipas de excelência… Acresce que todas estas tarefas têm de ser geridas no quadro das suas carreiras, que estão longe de decorrer sem sobressaltos. Valorizando-se, nessa gestão, essencialmente (para não dizer apenas), os artigos em revistas de prestígio e pouco (para não dizer nada) tarefas como a leccionação ou a orientação tutorial, estas são relegadas para o fim da lista das preocupações de quem, muito legitimamente, quer ter reconhecimento académico…

- A avaliar pelas apreciações de colegas e de trabalhos que se confrontam, os alunos que chegam ao ensino superior capazes de fazer uma pesquisa e de estruturar e escrever um pequeno trabalho são, a cada ano que passa, mais raros. Por outro lado, habituados já estão ao “corta” e “cola” não percebem, muitos deles, que estão a fazer algo censurável, sob o ponto de vista ético e legal. Os que desconfiam ou sabem, percebem, desde cedo, que o esforço e o investimento não compensam, o mesmo já não acontecendo com a prevaricação;

- Mas não são apenas os alunos acabados de sair do secundário que recorrem a artimanhas várias para “despachar” trabalhos, adultos com responsabilidade intelectual elevada, fazem o mesmo.

- A sociedade concede em tudo isto: há os licenciados, mestres e doutores desempregados que montaram os seus negócios de “fazer trabalhos para fora”, é preciso compreender as suas necessidades; há a conversa do amigo que nos diz que no país tal, ainda é pior; há o senso comum que está longe de considerar, por exemplo, o plágio como crime ou a encomenda como desonesto… Afinal, que mal ao mundo daqui advém?

- Mas a razão que escrevo com mais apreensão neste texto é a seguinte: as escolas de ensino superior e os seus professores não têm sido capazes de, afirmativamente, sem ceder a pressões e argumentos, defender a essência de todas as escolas, com particular destaque para as de ensino superior. Essência essa que radica no valor do conhecimento e da sua investigação, bem como na honestidade que a deve guiar. Sempre, sem qualquer excepção.

Helena Damião
Consultora do CFIAP
(In blog Rerum Natura)