É bem perto de nós, pais e professores, que ocorrem os actos premeditados e repetidos de violência física e/ou psicológica com vista a intimidar ou oprimir/subjugar alguém, por alguma razão considerado diferente, mais fraco, menos digno, enfim, que merece ser atacado ou humilhado. Do bullying praticado nos pátios e corredores das escolas ao cyberbullting accionado à distância por computador ou telemóvel, constrói-se uma longa história de maus tratos entre pares. As redes sociais da internet, a webcam, o correio electrónico, os sites de partilha de fotos, as imagens de telemóvel, as gravações de mp3, são as novas armas à disposição dos que ameaçam, humilham ou insultam os outros. Um estudo da Universidade do Minho e do Centro de Investigação e Intervenção Social investigou o cyberbullying em Portugal.
O resultado mais evidente do estudo desenvolvido junto de 934 alunos de nove escolas secundárias de Lisboa e sete de Braga é que noventa por cento deles nunca passaram por uma situação de cyberbullying (...). O número de vítimas do bullying virtual corresponde, no mundo e também em Portugal, a apenas um terço das práticas tradicionais (...). No entanto, a sua gravidade não é menor: os cerca de dez por cento dos jovens portugueses que de alguma forma viveram situações do género - cinco por cento como vítimas, três por cento como agressores e 1,7 por cento simultaneamente como vítimas e agressores - não podem ser ignorados.(...)
(In Notícias Magazine de 7 de Setembro)
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