terça-feira, 8 de janeiro de 2008

AVALIAÇÃO DAS ESCOLAS


Num tempo em que se pede/exige às escolas uma prática continuada de auto-avaliação, o Correio da Educação oferece aos seus leitores o texto integral de uma conferência de Miguel Santos Guerra que nos coloca as questões-chave e abre os caminhos para uma avaliação ao serviço do desenvolvimento pessoal e organizacional. A metáfora utilizada no título tem muito a ver com a ideia base destas páginas. A avaliação reflecte a realidade das escolas e permite que os protagonistas se vejam com clareza e rigor. Da compreensão suscitada pela imagem contemplada, nascerá a decisão de corrigir um gesto, limpar o rosto, ou a realização duma operação mais complexa. O espelho tem de estar limpo e bem colocado. Não pode distorcer a imagem, como acontece com os espelhos côncavos e convexos. Os interesses, a desonestidade, a arbitrariedade, a falta de ética, deformam a imagem e confundem quem nele se quer espelhar. Não compete aos avaliadores dizer aos protagonistas se estão a fazer bem ou a fazer mal. Muito menos aquilo que deve ser mudado. Simplesmente os ajudam a olhar-se com clareza, de modo a poderem formar um juízo mais fiel sobre o que fazem. Desse juízo, dessa compreensão hão-de surgir as decisões de mudança. Manter o espelho face à realidade, situá-lo de forma a receber uma imagem fiel, limpá-lo de impurezas que dificultem a visão, acolher as sugestões dos que nele se espelham, eis a tarefa dos avaliadores. A finalidade última é melhorar essa realidade, essa imagem que se projecta no espelho e que constitui um serviço social presidido por valores. Não existe apenas uma imagem mas muitas imagens. Devemos preocupar-nos em que a imagem projectada pelos mais desfavorecidos não seja menosprezada, mas antes ajudada a melhorar, após se reflectir no espelho. (leitura integral)

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