quinta-feira, 17 de abril de 2008

DIA MUNDIAL DA HEMOFILIA

Dia 17 de Abril foi o dia do nascimento do fundador da Federação Mundial da Hemofilia. O Dia Mundial da Hemofilia foi iniciado pela Federação Mundial de Hemofilia em 1989, a data foi escolhida para homenagear Frank Schnabel, o seu fundador.

A história da Hemofilia é provavelmente tão antiga como a história do homem, mas não seria tão largamente conhecida se a Rainha Vitória de Inglaterra e os seus descendentes não estivessem directamente envolvidos. O reinado de Vitória foi o mais longo, até à data, da história do Reino Unido e ficou conhecido como a Era Vitoriana. Este período foi marcado pela Revolução Industrial e por grandes mudanças a nível económico, político, cultural e social. Vitória era filha do príncipe Eduardo, Duque de Kent e da princesa Vitória de Saxe-Coburg-Saalfeld, sendo neta do rei Jorge III do Reino Unido, através do seu pai.(...) Conta-se que Vitória estava apaixonada pelo primo, o príncipe Albert de Saxe-Cobourg-Gotha e assim tomou a iniciativa de pedi-lo em casamento (visto que na época ninguém poderia fazer tal pedido a uma rainha). Ele aceitou. Foi a primeira vez que se teve notícias de alguém casar por amor. Vitória era ousada e acrescentou ao seu traje nupcial algo proibido para uma rainha da época – um véu. Nascia aí um costume que atravessaria o tempo e daria a Vitória o reconhecimento de trazer para a nossa época o amor, para unir um homem e uma mulher. A 10 de Fevereiro de 1840, Vitória casou com o príncipe Alberto de Saxe-Cobourg-Gotha, seu primo direito. Tiveram 9 filhos (4 rapazes e 5 raparigas). Um dos rapazes, Leopoldo, tinha hemofilia e, pelo menos, 2 raparigas (Alice e Beatriz) eram portadoras. Todos eles casaram com descendentes das diferentes Casas Reais Europeias, porque naquele tempo tinha que ser assim.(...) Sabe-se agora que não é uma boa ideia casamentos entre primos, mas muitas vezes assim acontecia. Fontes ligadas a esta matéria inclinam-se para o facto de que a hemofilia apareceu nas famílias reais por causa da consanguinidade, facto que não ficou provado ser realmente verdadeiro. (..) Se houvesse uma maldição sobre a Família Saxe-Coburg, nenhum infortúnio poderia ser tão grande como a hemofilia, descoberta em 1803 por um médico dos Estados Unidos, o Dr. Otto. Acerca da hemofilia ele escreveu “é uma aflição estranha... embora as mulheres não sejam atingidas, elas são capazes de transmiti-la aos seus filhos varões”.

A união de Vitória e Albert marcou o começo da hemofilia na linha real britânica que eventualmente afectou a maioria das casas reais da Europa, merecendo assim o título de “doença real” ou “doença de sangue azul”. (...)

(in site da APH)

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