As portuguesas são, entre as mulheres de sete países europeus, as que sentem mais níveis de stress gerados pelo grande número de horas que dedicam à profissão e à vida familiar, segundo duas investigadoras do Centro de Investigação e Estudos de Sociologia.
Ser mulher, ter crianças com menos de seis anos ou entre os 6 e os 17 anos no agregado, trabalhar mais horas por semana, sentir-se menos satisfeito com a vida familiar e sentir-se infeliz com a vida, em geral, contribuem para aumentar o stress familiar. Esta é uma das conclusões do livro 'Família e Género em Portugal e na Europa', uma compilação de textos de varias investigadoras que resultam dos dados produzidos pelo inquérito 'Família e Papéis do Género', do programa International Social Survey Programme. (...)
Segundo as duas investigadoras, o perfil das mulheres portuguesas no que respeita ao índice de stress profissional na família apresenta valores superiores às dos demais países o que poderá estar relacionado com a intensidade de horas de trabalho que caracteriza a actividade feminina. Nas mulheres, o stress familiar aumenta significativamente com a idade, com a maior dimensão do agrupamento familiar, com o número de horas de trabalho em casa e no emprego e, tal como nos homens, com a presença de crianças pequenas e de crianças ou jovens dos 6 aos 17 anos. (...)
(in Público.pt)
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