sexta-feira, 12 de março de 2010

VIOLÊNCIA NA ADOLESCÊNCIA



Embora estar vulnerável a alguma situação seja próprio do ser humano, só muito recentemente este conceito foi retomado, ajudando a clarear os objectivos e contribuindo para a estruturação, realização e avaliação do trabalho junto dos adolescentes.

A violência nas suas mais diversas expressões, enquanto factor de vulnerabilidade para os adolescentes, leva-nos a considerar que, para impedirmos a sua (re)produção, as iniciativas sociopolíticas devem responder aos desafios de reconhecê-la e identificá-la com clareza; devem compreender melhor o processo de produção desse fenómeno e formar profissionais da saúde e educação competentes e socialmente comprometidos na sua resolução.


As acções passíveis de potencializar a redução da violência pressupõem: ferramentas e referências criativas na actuação do Estado e sociedade civil, na implementação de acções flexíveis, solidárias e coesas, capazes, sobretudo, de articular múltiplos actores sociais e diferentes sectores no sentido de propiciar uma melhoria na assistência à saúde e ducação; ampliação de programas de geração de emprego e renda; desenvolvimento social; acesso à cultura, desporto e lazer; incentivo e divulgação de boas práticas parentais; melhoria da infra-estrutura urbana e das condições socioeconómicas; programas e orientações dirigidos à mudança de atitudes e comportamentos e ao desenvolvimento de habilidades sociais, envolvendo, não só os sujeitos, mas também a família; e, finalmente, pressupõe-se que implementem políticas públicas que visem estimular valores e atitudes de paz e convivência saudável.

Marta Angélica Silva & Beatriz Pereira
(In Revista Portuguesa de Pedagogia, 2009)



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