“Isto revela um reconhecimento claro que os professores não se sentem bem preparados para lidar com grupos heterogéneos e para se dirigir a alunos com necessidades de aprendizagem”, avalia o relatório. Apesar de sentirem falta de formação, 85 por cento dos professores portugueses realizaram-na em 2007/2008, ou seja, ligeiramente abaixo da média dos países europeus inquiridos (89 por cento). No entanto, 25 por cento dos portugueses tem que a pagar - é a média mais alta. Na verdade, em nenhum dos 23 países há formação gratuita, mas cerca de 80 por cento dos belgas, malteses, turcos e eslovenos afirmam que não pagaram nada para obtê-la.
Os docentes portugueses queixam-se ainda de terem pouco tempo para realizar formação e desses horários esbarrarem com os das aulas, aliás, com mais dificuldades só os coreanos. O conflito com o horário de trabalho é um obstáculo à participação nas actividades de desenvolvimento profissional, diz o relatório. Por isso recomenda que são necessárias políticas para integrar a formação no trabalho docente. Sobretudo quando há países, como Portugal, onde a formação conta para a progressão na carreira.
O estudo revela ainda que o ambiente escolar desempenha um papel importante no desenvolvimento profissional, os profissionais que se sentem bem na escola e com o seu trabalho são positivos. Portanto, para os ministérios estas conclusões devem sugerir que um maior acompanhamento do trabalho dos professores e um ambiente escolar positivo “podem contribuir para o desenvolvimento das escolas como organismos de aprendizagem”, diz um comunicado da Comissão Europeia. Em cada país foram seleccionadas 200 escolas, onde responderam o director e 20 docentes, todos escolhidos de forma aleatória.
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