Mais de um terço dos estudantes (36,2 por cento) que no ano passado entraram para o 10.º ano possuíam já um nível de qualificação mais elevado que o dos seus pais. E outros 23,9 por cento estavam a caminho de alcançar esta meta, ou seja, cerca de dois terços dos jovens que se encontravam à entrada do ensino secundário já tinha ultrapassado ou estava prestes a ultrapassar os seus familiares, revela um estudo ontem divulgado pelo Ministério da Educação.
Estes dados dão conta de "um processo intergeracional de aumento das qualificações", frisa-se no estudo desenvolvido pelo Observatório de Trajectos dos Estudantes do Ensino Secundário, com base em inquéritos a 46.175 alunos do 10.º ano ou equivalente (correspondente a 44 por cento do universo de alunos).
Não são dados que surpreendam face ao cenário de base de Portugal. Ainda no Censos de 2001 eram identificados dez por cento de analfabetos e dava-se conta que apenas 15 por cento da população tinha então concluído o ensino secundário. Entre os jovens agora inquiridos, 21,6 por cento têm pais com o secundário completo. Com o superior, a percentagem desce para 18,3 por cento. (...)
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