Há muito tempo que não havia tantas expectativas à volta de um político. Uma parte substancial do mundo espera que Barack Obama ajude a resolver os seus problemas.
É um grande peso. E o primeiro presidente negro dos EUA não recusou ontem as suas responsabilidades. Pelo contrário, no discurso da tomada de posse, assumiu os desafios de frente. Não arrefeceu as expectativas, subiu-as.
É um grande peso. E o primeiro presidente negro dos EUA não recusou ontem as suas responsabilidades. Pelo contrário, no discurso da tomada de posse, assumiu os desafios de frente. Não arrefeceu as expectativas, subiu-as.
Para quem segue Maquiavel, as palavras de Obama são de um político ingénuo. A estratégia mandava arrefecer as expectativas para poder vangloriar-se das vitórias futuras. Mas este é um momento da história que pede políticos de ruptura. Mais corajosos e amantes da mudança e menos cínicos e tácticos.
O mundo vive a pior crise financeira em oitenta anos. Uma crise original - que nasceu no coração do sistema financeiro dos países desenvolvidos - e que obrigará a mudanças de paradigma. As soluções tradicionais não estão a ser suficientes. São necessárias novas respostas e mais arriscadas. E, para isso, são precisos políticos sem medo de adoptar políticas diferentes.
O primeiro e talvez o maior desafio de Obama é ultrapassar a crise económica. No seu discurso de ontem descreveu as suas soluções. Criação de emprego, mais crescimento económico, melhores serviços de saúde, aposta nas energias renováveis, nas novas redes digitais e construção de estradas, pontes e ainda a transformação das escolas.(...)
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