Menos de duas horas depois de ter chegado a Marte, a sonda Phoenix enviou para Terra 40 fotografias do solo árido do planeta vermelho, numa das quais se vê um dos seus três pés poisado entre pequenas pedras.
Outras dessas imagens, a preto-e-branco, mostram o horizonte do planalto árctico marciano e o solo com padrões poligonais semelhantes aos existentes na Terra em regiões de gelo permanente (permafrost).
"Absolutamente lindo", comentou Dan McCleese, investigador principal no Laboratório de Propulsão por Jacto (JLP) da NASA. "Parece um bom sítio para começar a escavar".
Estas primeiras fotografias destinam-se sobretudo a dar informações aos engenheiros sobre as condições em que se encontra a sonda, nomeadamente o seu abastecimento de energia e os instrumentos científicos.
Uma das fotografias mostra a sonda a abrir os seus painéis solares, como previsto, depois do pó ter assentado.
Os primeiros dados indicam que a Phoenix se imobilizou quase na vertical, com uma inclinação de apenas um quarto de grau.
A sonda norte-americana mergulhou na atmosfera de Marte às 00:30 (hora de Lisboa) a mais de 19 mil quilómetros por hora, após uma viagem de 10 meses e 711 milhões de quilómetros no espaço, para uma missão de três meses destinada a encontrar vestígios de vida no planeta vermelho.
A sonda funciona com energia solar e utilizará um braço robótico de alumínio e titânio de 2,35 metros para recolher amostras de gelo e outro material até a 60 centímetros de profundidade que serão analisados num laboratório a bordo.
Com os seus dois painéis solares abertos, a Phoenix mede 5 metros de largura e 1,52 metros de comprimento, e pesa 350 quilogramas, 55 dos quais de instrumentos científicos, sendo a missão desempenhada a temperaturas entre 73 e 33 graus Celsius negativos.
(in Jornal de Notícias)
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