quarta-feira, 21 de maio de 2008

É PRECISO EDUCAR PARA A AUTORIDADE



Joaquim Azevedo, director da Faculdade de Educação e Psicologia da Universidade Católica, considera que o Ministério da Educação não confia sistematicamente na autoridade e profissionalismo dos professores.

Joaquim Azevedo, professor catedrático e director da Faculdade de Educação e Psicologia da Universidade Católica (UC), afirma que o "ovo" onde a violência germina não está apenas nas escolas, mas em toda a sociedade. O ex-secretário de Estado do Ensino Básico e Secundário de um dos governos de Cavaco Silva garante que o episódio da Secundária Carolina Michaëlis não é "inédito". "A má educação choca sempre", comenta. Na sua opinião, há questões que ajudam a explicar a perda de autoridade dos professores, como a desarticulação entre escolas e famílias e o aumento da heterogeneidade das turmas. "Se os professores forem descredibilizados socialmente, como poderemos favorecer a sua autoridade nas escolas?", pergunta. O ex-director-geral do Ministério da Educação, entre 1988 e 1992, assegura que a avaliação dos professores é incontornável. Em seu entender, o desempenho da classe docente tem de ser avaliado porque o mérito deve ser destacado e, além disso, é preciso perceber o que é essa excelência que se espera de quem tem a missão de ensinar.(...)

(entrevista em Educare.pt)

Nenhum comentário: