Todos afirmam que foi uma batalha ganha, apesar dos recuos que foram obrigados a fazer, nomeadamente os Estados Unidos e a União Europeia. Mesmo as grandes organizações ambientalistas, como a Greenpeace e a WWF, consideraram já não ter sido mau de todo que a reunião de Bali se salvasse de um fracasso total. A grande questão central - os compromissos concretos dos países para a redução de emissões de gases com efeito de estufa- ficou remetida para decisões em 2009. Há quem se interrogue se este "roteiro de Bali" é mesmo um caminho, pois não tem sítio definido onde chegar.(...)
Em Bali, na Indonésia, estiveram cerca de dez mil pessoas interessadas na Convenção, entre delegados dos 188 países, observadores, militantes de causas ambientais e jornalistas. (...)
Para que a temperatura apenas suba 2ºC face aos valores pré-industriais até ao fim do século, seria necessário que, em 2020, os países desenvolvidos reduzissem 25 a 40% as emissões por referência a 1990 e que o valor global dos países estabilizasse em 50% a meio do século. Admitindo um aquecimento médio de três graus, a primeira etapa seria reduzir entre 10 a 30% e, em 2050, cerca de 30%. Muitos dos participantes em Bali e os observadores ecologistas queriam ver estas metas referenciadas no texto principal do "roteiro" porque, alegam, elas têm valor científico e devem servir de base aos compromissos de 2009.(...)
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