terça-feira, 16 de outubro de 2007

FLORESTA DE SHERWOOD

A floresta de Sherwood, em Inglaterra, a mesma onde Robin Hood - o mítico Robin dos Bosques do tempo de Ricardo Coração de Leão - se escondia do príncipe João e do seu esbirro, o xerife de Nottingham, está em perigo. A ameaça atinge as árvores mais antigas, a mais velha das quais é um carvalho de 1415.
Dantes, a floresta perdia por ano, em média, um exemplar. Agora o número subiu para cinco, com tendência para aumentar. Os cálculos são desesperantes, segundo o jornal inglês "The Guardian". A este ritmo, o maior grupo de carvalhos antigos da Europa, que está em Sherwood (condado de East Midlands) deixará de existir. Há 20 anos, aguentaram o ciclone que desabou sobre a região, mas só este ano quatro carvalhos caíram com as tempestades de Janeiro, outros dois foram destruídos por um incêndio e um sexto foi vítima de um choque."É devastador quando isto acontece", afirma Izi Barton, da entidade gestora. Para o próximo Inverno, prepara-se um plano de recuperação de 7,4 milhões de euros, suportado pela entidade que gere as lotarias, que prevê a plantação de 250 mil carvalhos em 1,8 milhões de metros quadrados. Mapas apresentados pela arqueóloga Ursula Spence demonstram que se Robin Hood tivesse existido, poderia ter fugido pela porta das traseiras do castelo de Nottingham, cavalgando pela floresta até Sheffield. Actualmente, percorreria protegido pelas copas menos de cinco quilómetros, por terrenos cheios de casas, minas de carvão e campos lavrados. Bob White, da Sociedade Internacional Robin Hood, aponta para as centenas de negócios em torno da figura mítica. "Todos o vêem como um símbolo de liberdade". Uma emissora de rádio na Finlândia tem o seu nome por o considarem um campeão, mas Sherwood é, sobretudo, uma área de grande importância ecológica.
(in Jornal de Notícias)

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