Tinha 100 anos e foi uma das pessoas que ajudou Anne Frank e a sua família a esconderem-se dos nazis. Miep Gies, guardiã dos manuscritos que deram origem ao clássico universal “O Diário de Anne Frank”, durante a II Guerra Mundial, morreu ontem, na Holanda, na sequência de uma queda que deu por altura do Natal.
Foi Miep Gies, que trabalhava para o pai de Anne, Otto, durante a II Guerra Mundial, que reuniu os manuscritos da jovem autora, mantendo-os a salvo dos nazis na esperança de um dia os devolver a Anne. Perante a fatalidade da morte da adolescente num campo de concentração, Miep entregou os documentos a Otto, ajudando-o a compilar os manuscritos.A obra foi finalmente publicada, em formato de diário, em 1947. O livro converteu-se num êxito universal - estima-se que esteja, hoje, entre os dez livros mais lidos do mundo -, com tradução em 60 línguas e mais de 25 milhões de exemplares vendidos, afirmando-se como um dos testemunhos mais vivos da implacável perseguição nazi aos judeus durante o Holocausto.“O Diário de Anne Frank” integra, aliás, a lista de 35 bens do património documental mundial “de interesse universal” propostos em 2009 pela UNESCO ao programa “Memória do Mundo”. (...)
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