sábado, 23 de outubro de 2010

AS ESCOLAS E A CENTRAL DE COMPRAS DO ESTADO


(...) Os directores dos agrupamentos escolares estão confusos. Recorreram às direcções regionais de educação, que também não os conseguiram ajudar; tentaram aprender pelos seus próprios meios, mas ficaram ainda mais baralhados: "Utilizar a plataforma não é assim tão simples, estamos a falar de um sistema muito sofisticado com uma série de procedimentos administrativos totalmente desconhecidos para nós" (...).
 Com ou sem formação, o que está previsto é que, dentro de dois meses, todos os agrupamentos vão ter de usar obrigatoriamente a central de compras de cada vez que precisarem de comprar um computador, substituir uma fotocopiadora ou requisitar alguns milhares de lápis ou borrachas. A partir de Janeiro, acabaram-se os concursos para comprar qualquer tipo de material: "Tudo é feito através da plataforma digital, compras ou previsão de gastos anuais."
Todas as aquisições serão feitas através das empresas inscritas na central: "Não estamos contra esta medida, se isso implicar uma melhor gestão dos recursos." Só que antes de usar o novo sistema, os directores querem saber o que estão a fazer até porque o "grande medo" é cometer "involuntariamente" alguma ilegalidade: "O director será sempre o único responsável por qualquer erro cometido pela escola."

(In Ionline)

Um comentário:

Daniel Braga disse...

É impressionante que até ao fds surgem noticias que recordam que somos governados por gente incompetente e sem qualquer noção do país real. Quero ver o Sr. que vende as batatas na escola de Torre Dona Chama ir online (é pros lados dos porto?), registar-se na central (onde é que assino?), e após o pagamento online (afinal onde é isso?) concorrer através da página da central de compras ao fornecimento de batatas.
Nota final: eu conheço este sistema e é realmente preciso tirar um curso para trabalhar com ele