O "grito" de libertação, de emancipação dos Pink Floyd já me serviu para outro ou outros textos. A razão é simples: ele resume exemplarmente a concepção de ensino que se produziu e imperou no século XX, e na qual se tende a insistir.
Essa concepção é a seguinte: os professores não devem organizar as aulas com base na palavra, (sobretudo se a palavra for a sua), estruturar a relação pedagógico-didáctica (a relação com fins precisos de transmissão da informação e de desenvolvimento cognitivo), nem usar quadro de giz, livros ou outros documentos em papel (que são recursos tradicionais). E não devem fazer tudo isto porquê? Porque os alunos aprendem (ou seja, desenvolvem competências) ao trabalharem sozinhos ou uns com outros (ou seja de forma autónoma e colaborativa), através da pesquisa de assuntos do seu interesse vivencial e, muito importante, recorrendo às novas tecnologias de informação e comunicação.
E haverá estudos que corroborem tal concepção? Sim há. Na verdade, há estudos que partem das mais diversas teorias pedagógicas, e que são desenvolvidos com a preocupação, consciente ou inconsciente, de as corroborar.(...)
Como David Marçal explicou em texto recente, é preciso ter algum distanciamento crítico em relação aos estudos científicos: sendo feitos por pessoas, podem enfermar de erros. (...)
Helena Damião
Consultora do CFIAP
(In Blog De Rerum Natura)
Essa concepção é a seguinte: os professores não devem organizar as aulas com base na palavra, (sobretudo se a palavra for a sua), estruturar a relação pedagógico-didáctica (a relação com fins precisos de transmissão da informação e de desenvolvimento cognitivo), nem usar quadro de giz, livros ou outros documentos em papel (que são recursos tradicionais). E não devem fazer tudo isto porquê? Porque os alunos aprendem (ou seja, desenvolvem competências) ao trabalharem sozinhos ou uns com outros (ou seja de forma autónoma e colaborativa), através da pesquisa de assuntos do seu interesse vivencial e, muito importante, recorrendo às novas tecnologias de informação e comunicação.
E haverá estudos que corroborem tal concepção? Sim há. Na verdade, há estudos que partem das mais diversas teorias pedagógicas, e que são desenvolvidos com a preocupação, consciente ou inconsciente, de as corroborar.(...)
Como David Marçal explicou em texto recente, é preciso ter algum distanciamento crítico em relação aos estudos científicos: sendo feitos por pessoas, podem enfermar de erros. (...)
Helena Damião
Consultora do CFIAP
(In Blog De Rerum Natura)
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