domingo, 4 de outubro de 2009

"ONLINE"



As salas de aula vão acabar, dizem uns. As salas de aula nunca vão acabar, dizem outros. A verdade? Há milhões de pessoas que já sabem que não é preciso sair de casa para tirar uma licenciatura. Só é preciso carregar Enter.
Ninguém chega atrasado às aulas se tiver uma universidade no bolso. Ou ao colo. Ou na parede da sala. Ninguém chega atrasado porque ninguém tem de prestar contas a um professor que só existe na Internet, no telemóvel, no portátil. Apesar de metade do mundo ainda achar que não há nada como a vida académica (em que se incluem praxes, conversas de corredor e almoços no refeitório), há um novo mundo que começa a desconfiar que ir às aulas é uma perda de tempo. E que em vez de se entrar na sala de aula todos os dias à mesma hora se devia entrar no Google quando isso fizesse sentido.


A revolução não começou ontem. Começou no dia em que as universidades perceberam que os seus alunos prestavam mais atenção ao que se passava no ecrã do computador do que aos professores. Não era má vontade: nos ecrãs estavam sete milhões de livros scanados pela Google, a Wikipédia e o You Tube Edu e o iTunes U, que ofereciam palestras em vídeo e áudio dos mais conceituados professores do mundo. O MIT foi um dos primeiros, em 2001; hoje as universidades com cursos online multiplicam-se. (...)

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