segunda-feira, 20 de julho de 2009

VISITA À LUA


Marcas do "grande salto" conservam-se no Mar daTranquilidade. Satélite será entreposto para Marte. Países correm para o espaço, entre a cooperação e o despique.
Há 40 anos certos, o ser humano pôs os pés na Lua. Quase 500 milhões viram da Terra o saltitar leve de Armstrong e as marcas das suas botas de astronauta. O sonho de lá voltar e ir mais além está a ficar cada vez mais nítido.
Mesmo numa época em que ter aparelho de televisão era ainda privilégio no país, cerca de dois milhões de portugueses terão assistido à emissão feita pela RTP. José Mensurado, figura habitual nos telejornais da estação, assegurou 18 horas ininterruptas de comentários e descrições a partir do estúdio B, no Lumiar. "O Eagle alunou", disse, a dado momento, improvisando um verbo que lhe pareceu fazer sentido.

Quando Neil Armstrong anunciou "Eagle has landed", José Mensurado achou a tradução literal desadequada, pois o módulo não podia "aterrar" fora do nosso planeta. "Alunar", isso sim. E o termo ficou.

Protagonista da primeira transmissão televisiva intercontinental para o país, José Mensurado constatou, nos tempos seguintes, pelas abordagens que lhe faziam na rua, que "por cá, metade das pessoas não acreditava na ida do Homem à Lua".
A "ultima fronteira" para a exploração do Espaço situa-se hoje cada vez mais longe da Terra, com as ambições científicas, políticas e económicas a expandirem-se também. Mas o dia 20 de Julho de 1969 continua a ser o marco referencial para a aventura fora do nosso planeta. O protagonista de maior visibilidade foi Neil Armstrong, visto em directo por centenas de milhões de pessoas, ao longo de horas especadas frente aos televisores, que debitavam uma emissão com interferências, esperas e vozes ecoadas a partir do centro de controlo da NASA. "Lá em cima" estava uma equipa de três astronautas. Um deles desceu por uma escada do pequeno módulo Eagle e atreveu-se aos primeiros passos nessa zona baptizada como Mar da Tranquilidade: do gesto resultaram saltos facílimos, por ausência de gravidade. (...)

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