quinta-feira, 11 de setembro de 2008

O HOMEM TORNOU-SE AGRICULTOR PARA BEBER CERVEJA



Há dez mil anos ocorreu a chamada revolução do neolítico, quando os seres humanos se tornaram sedentários e começaram a cultivar a terra.

Uma nova teoria defende que o homem se tornou agricultor “para beber cerveja e embriagar-se”, contrariando a ideia que tinha sido a procura de uma melhor alimentação o motivo da mudança.

A teoria é da autoria do biólogo e historiador natural alemão, Josef H. Reichholf, e vem publicada no seu livro “Por que é que os homens se tornaram sedentários?”, lançado na Alemanha. A obra explica as causas da revolução que mais tarde estaria na origem dos povos e das religiões.

Josef H. Reichholf parte do pressuposto que “quando os caçadores recolectores abandonaram a sua forma de vida e alimentação tradicional teria que ter uma vantagem inicial”. No princípio, sublinha, “o cultivo de plantas não trouxe nenhuma vantagem visível para a sobrevivência”.

Por esse motivo, o cientista alemão considera que a teoria até hoje defendida, que a humanidade começou a cultivar plantas, abandonou a vida nómada e se estabeleceu de maneira permanente num sítio para se alimentar melhor, está totalmente errada.(...)

Na teoria agora apresentada, os xamãs, espécie de líderes espirituais que entram em transe e manifestam poderes sobrenaturais e invocam espíritos da natureza, teriam tido um papel de destaque na revolução neolítica. Seriam eles que conheceriam os feitos e as dosagens das drogas, ou seja, do álcool, cogumelos e plantas, tomados durante as cerimónias de carácter religioso.

H. Reichholf destaca a importância que a cerveja e o vinho terão tido no fomento do sentido de unidade de um povo ou de uma tribo. Da mesma maneira, defende que o pão só começou a produzir-se quando se conseguiu cultivar cereais em abundância. O cientista sublinhou que a fermentação é um processo mais antigo, “a capacidade de fermentar cerveja não foi algo espontâneo. A humanidade já conhecia antes o processo fermentação da fruta”.


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